Nessa sexta-feira, 13, comentários na internet surgiram sobre um caso na Escola Estadual Lacerdino Oliveira Campos, em Colinas -Tocantins. De acordo com as especulações, vários adolescente haviam tido crise de ansiedade ao mesmo tempo e um deles teria chegado a agredir um professor.
Colinas: Aluno agride fisicamente professor e diversos alunos vomitam e desmaiam na Escola Estadual Lacerdino Oliveira Campos.
Policia Militar se encontra no local e alguns alunos foram encaminhados para o Hospital de Colinas.
— Jesus Tocantinense (@Jtocantinense) May 13, 2022
A reportagem da Gazeta buscou saber mais sobre o assunto, já que casos como este vem acontecendo em outras escolas no país, como por exemplo em Recife, onde 26 alunos sofreram uma crise nervosa dentro de sala de aula e precisaram de atendimento médico fora do colégio. Os relatos sobre a causa e o espalhamento do surto ainda não foram esclarecidos, mas especialistas já diagnosticaram o caso como uma crise de ansiedade coletiva. Em um colégio do interior de São Paulo, vários alunos se cortaram com a lâmina do apontador de lápis.
Especialistas se questionam sobre esses acontecimentos, o que estaria por trás deste comportamento “contagioso” entre os estudantes? O quanto os efeitos da pandemia pode ter influenciado a fragilidade emocional dos jovens?
Colinas
Uma estudante que presenciou o caso da unidade de ensino em Colinas, relatou sobre o que viu e sentiu no dia. Segundo ela, tudo começou quando um menino passou mal dentro da sala de aula e precisou ser levado até a diretoria pela professora e outra colega. Chegando lá, começou a surgir burburinhos vindo de outros alunos de que o menino estaria muito mal e teria agredindo quem o ajudava. “Começaram a aumentar a história, alguns meninos até diziam que o banheiro estava assombrado, que um demônios estaria lá dentro” disse a estudante, que não será identificar para evitar exposições.
A menina disse que, mesmo com os colegas a amedrontando, entrou no banheiro, mas sentiu que o ambiente estava extremamente frio e saiu com o “coração apertado” e chorando muito. “Eu senti uma energia negativa, angústia, comecei a chorar e vários outros alunos também. A tia da cantina disse que teve pressentimentos ruins a noite e levou a gente pra fazer uma oração, lá todo mundo começou a chorar” lembra a estudante. Após o acontecido, o SAMU foi chamado para atender os alunos que estavam com um tipo de crise de ansiedade coletiva.
A Secretaria de Educação (Seduc) falou em nota que não houve agressão física e que as insinuações dos acontecimentos sobrenaturais na unidade de ensino foram em referência a sexta-feira, 13, pois existe uma crença popular que essa data seria amaldiçoada.
“Nota – Escola Estadual Lacerdino Oliveira Campos
A Secretaria de Educação (Seduc) informa que a situação relatada não se configura em realidade e o que ocorreu foi um fato isolado, sem agressão física, e que alguns estudantes insinuaram acontecimentos sobrenaturais na unidade de ensino, em referência a sexta-feira, 13, que levaram outros alunos a ficarem amedrontados diante dos relatos dos colegas. A Pasta informa que todos foram imediatamente acolhidos pela equipe escolar e que a orientação educacional desenvolve atendimento e acolhimento socioemocional. As atividades na unidade de ensino prosseguiram normalmente.”