Memes, tira-teimas, resgate de tuítes antigos, sugestões de perguntas e outras estratégias têm sido recursos usados no Twitter pelos senadores que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

Em um mês de funcionamento da CPI, todos os 11 senadores titulares registraram aumento no número de seguidores no Twitter, acumulando um total de 236.658 novos usuários seguindo suas páginas. Os dados foram coletados pelo Metrópoles com base na plataforma Social Blade – serviço de rastreamento de estatísticas e análise de mídias sociais.

Integrante da tropa de choque do governo, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) foi o titular que mais se beneficiou com o aumento da exposição, e teve o maior aumento no percentual de seguidores: 624%. Apesar disso, ele é o sexto parlamentar em número de usuários que acompanham sua página.

Em seguida, aparecem o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), com 67,49% de crescimento; Otto Alencar (PSD-BA), com 50,59%; e o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com um acréscimo de 35,32% na quantidade de seguidores.

As menores altas ficaram com os governistas Ciro Nogueira (PP-PI) e Jorginho Mello (PL-SC) e o independente Eduardo Braga (MDB-AM).

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), tem atraído seguidores em razão de seu jeito despachado e sincero. Por meio de seu perfil oficial na rede do passarinho, ele interage com os seguidores até mesmo durante as sessões.

A um usuário que perguntou qual filme veria no fim de semana, respondeu: “‘Retroceder nunca… render-se jamais!’. Aziz também recorre a emoticons e ao uso de figuras do momento, como a cantora e ex-BBB Karol Conká.

Já o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), teve um crescimento mais tímido, de 13,18%, na média dos 11 senadores. Ao inquirir os depoentes, ele costuma fazer um bloco com as chamadas “perguntas dos internautas”, enviadas pelas redes sociais.