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Pagar as contas em dia tem sido um desafio para as famílias que vivem no limite dos gastos, ainda mais quando se tem a inflação afetando o preço de itens básicos. Nesse cenário, um levantamento aponta que quatro em cada dez pessoas está com o nome sujo por atrasar os boletos. O percentual é de 42%, número maior que a média nacional.
De acordo com a Serasa Experian, o Tocantins está em 11º lugar quando o assunto é população endividada. E o número de pessoas que não quitaram os compromissos pode ser ainda maior, já que a empresa só contabiliza os inadimplentes após ser comunicada pelas empresas.
Os maiores responsáveis pelas dívidas dos tocantinenses que geram negativações são os cartões de crédito e instituições financeiras. Em seguida aparecem as contas básicas, como água, luz e gás.
Para Luiz Rabi, economista sênior da Serasa Experian, o percentual de inadimplentes no Tocantins passa da média nacional. “Existe uma incidência maior da inadimplência da população do estado. Ou seja, 42% das pessoas que moram no Tocantins estão inadimplentes, contra 41% que seria a média nacional”, explicou.
Dicas para sair da crise
Para que a população consiga se livrar da inflação, ainda deve levar tempo. “Enquanto essa inflação não diminuir, que vai levar tempo para acontecer, a inadimplência vai continuar nos patamares altos como estamos vendo”, afirmou o economista.
Mas há como reduzir as dívidas, segundo o educador financeiro Sany Anderson Soares: “É você colocar as contas na ponta do lápis, cortar alguns gastos, buscar alguma fonte de renda extra para poder aliviar nas contas”, explicou.
Como a inadimplência afeta toda economia, os empresários apostam em descontos para fazer com que os devedores consigam quitar seus débitos. Em uma loja de móveis de Palmas, a saída têm sido reduzir multas e realizar outras ações de recuperação de crédito.
“A gente está oferecendo descontos sobre os juros e reparcelar novamente se ele não tiver condição de pagar tudo à vista. Em alguns casos a gente consegue isentar até 100% dos juros ou descontos no parcelamento”, explicou a gerente comercial Eliane Moura.
Fonte – g1 to