Romenia foi assassinada pela marido – Foto – Arquivo Pessoal
Lucas Eurilio
Mais uma vítima do machismo! Vidas de mulheres são tiradas todos os dias. Elas são vítimas de feminicídio, violência doméstica, estupro e a sociedade parece colocar uma venda nos olhos para esses problemas estruturais e que nos destroem por dentro e por fora.
Leia também – Estupro Culposo? Caso Mari Ferrer
Tanta crueldade e um assassinato a sangue frio tirou a vida da jovem tocantinense Romenia Brito, de 28 anos.
Natural de Buriti do Tocantins, região do Bico do Papagaio, a vítima vivia com o esposo Aimar Lopes de Souza e dois filhos, um 10 e outro de 5 anos, em vila `às margens do rio Lawa, divisa da Guiana Francesa com o Suriname há 12 anos
O principal suspeito de cometer o assassinato é o marido da vítima. Ela foi morta a facadas e um dos filhos teriam presenciado o crime. Não há informações sobre o que pode ter motivado o possível feminicídio.
Um vídeo viralizou em grupos de WhatApp e supostamente mostra a polícia da Guiana levando o Aimar e o corpo de Romenia em uma embarcação.
Em entrevista ao G1 TO, a irmã da vítima Holanda Brito Reis, de 26 anos, disse que recebeu a notícia da morte por uma ligação na segunda-feira, 23.
“Aqui na cidade está tendo um festejo e nós tiramos uma foto com o padre que batizou a gente quando éramos criança. Eu mandei a foto por volta das 6h40 e vi que ela ficou online horas antes, 4h26, e até estranhei porque costumava acordar mais tarde. Logo depois uma mulher me ligou do número dela [da irmã] e disse que minha irmã tinha morrido”, contou.
Ainda durante a entrevista, ela contou também que os filhos estão na casa da vizinha e confirmou que o de 10 anos viu tudo.
“O menino viu tudo. Estão traumatizados e sozinhos. Estamos sentindo impotentes porque as crianças estão só chorando e a gente não pode nem dar um abraço”, lamentou.
Romenia tem outro filho de 13 anos que vive em Buriti e faria uma visita no para ele no próximo dia 24, quando o garoto faz aniversário.
O corpo da vítima foi levado para Paramaribo, capital do Suriname
O Gazeta do Cerrado entrou em contato com o Itamaraty através do Ministério das Relações Exteriores por e-mail e pelo telefone 61-2030-6160 nesta terça-feira, 24.
Pelo telefone, uma moça da Assessoria que se identificou como Andressa disse à nossa equipe que iria verificar se a solicitação tinha chegado e daria um retorno.
Até o fechamento desta matéria não houve resposta. Tentamos contato novamente por telefone nesta quarta-feira, 25, mas não fomos atendidos.
Nossa equipe tanta localizar ainda a defesa de Aimar e ressalta que o espaço está aberto para posicionamento.