O Estado do Tocantins agora conta com o teste molecular para zika, chikungunya e dengue no Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen). O teste usa técnica conhecida como RT-PCR para detecção viral. Os exames serão prioritariamente realizados em grávidas com suspeita de zika, em qualquer período gestacional, e em recém-nascidos com suspeita de microcefalia, conforme preconizado pelo Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia e/ou Alterações do Sistema Nervoso Central do Ministério da Saúde.
O teste foi implantado pela Secretaria de Estado da Saúde e vai possibilitar mais agilidade no diagnóstico, uma vez que as amostras eram encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém (PA), que, em razão da grande demanda de amostras encaminhadas pelos estados, libera resultados de análises em até 180 dias. “Com este diagnóstico sendo realizado no Lacen, os resultados serão liberados em 15 dias, o que possibilitará elucidar os casos que podem estar relacionados com a microcefalia com mais rapidez”, explicou a diretora do Lacen, Márcia Cristina Alves Brito.
Reforço na prevenção
A implantação do teste molecular para arboviroses reforça as ações de prevenção, controle e monitoramento das doenças e agravos relacionados ao mosquito Aedes aegypti, feitas pelas Vigilâncias Epidemiológicas do Estado e Municipais e também é fruto do esforço e da dedicação dos profissionais Rafael Brustulin e Franciano Cardoso, responsáveis pelo diagnóstico.
“Esse é mais um avanço do Lacen na implantação de novas metodologias para o enfrentamento, prevenção e controle dos agravos de interesse da saúde pública. A partir deste diagnóstico, temos como meta a realização de testes moleculares para outros agravos como meningite, influenza e outros. Este é um ganho muito grande para a saúde pública do Tocantins”, finalizou a diretora do Lacen, Márcia Cristina Alves Brito.
Neste ano, foram notificados 17.987 casos suspeitos de dengue, 9.164 casos suspeitos de zika e 1.987 casos suspeitos de chikungunya.