O Tocantins já acumula 7.344 focos de queimadas até esta terça-feira, 27, durante os oito meses de 2024. O Estado é o 5º com mais queimadas no Brasil, ficando atrás do Mato Grosso (21.694), Pará (14.794), Amapá (12.696) e Mato Grosso do Sul (9.635).
Apenas neste mês de agosto, foram 1.811 focos no Tocantins. Os dados são Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Até o momento, julho foi o mês com o maior número de focos, totalizando 1.922 incêndios registrados.
A situação é especialmente preocupante em Lagoa da Confusão, onde incêndios têm atingido a Ilha do Bananal desde junho. Equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), juntamente com a população local e indígenas das aldeias próximas, estão trabalhando incansavelmente para combater as chamas.
Na Mata do Mamão, área duramente atingida, o fogo já devastou 64 quilômetros quadrados. Com o apoio de imagens de satélite, as equipes monitoram o incêndio em tempo real, tentando conter sua expansão.
As altas temperaturas e a baixa umidade do ar são apontadas como principais causas para o aumento das queimadas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de baixa umidade para o domingo, agravando ainda mais a situação.
Além das áreas florestais, o fogo também causou danos em áreas urbanas. Na última sexta-feira, um incêndio que começou em um pátio de veículos na TO-050 rapidamente se alastrou, atingindo o anexo do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) e afetando a programação de um evento de tecnologia no Centro de Convenções da capital.