Nos três últimos anos, 13 mortes foram registradas neste tipo de acidente

O primeiro semestre ainda nem terminou e o Tocantins já registrou nove acidentes com a rede elétrica de energia. Cinco pessoas faleceram e outras quatro entraram para as estatísticas como acidentes leves. Os dados são da distribuidora de energia no Estado, Energisa.

O número de mortos em 2020 já superou ao ano de 2017 quando foram registrados 4 óbitos. Em 2018 foram 3 e em 2019, houve 6 mortes. Este ano, o primeiro acidente fatal ocorreu em fevereiro. Em março foram registrados dois óbitos, em abril outro e agora em junho, mais um. Caso essa tendência continue, 2020 irá superar os últimos três anos com este tipo de acidente.

De acordo com a Energisa, as construções/reformas e operação de máquinas agrícolas configuram como as atividades que mais causam acidentes com a rede. Geralmente, por tocar nela.

Para evitar este tipo de acidente, a distribuidora orienta que é necessário contratar “profissionais especializados para realizar os serviços necessários”. Eles informam ainda que “encostar na fiação, seja diretamente ou por meio de objetos, pode causar acidentes graves, como queimaduras e até mortes”.

Saiba quais são os principais motivos de acidentes em obras

• Encostar materiais de construção ou ferramentas na rede elétrica;
• Construir próximo à rede, deixando o telhado sem a distância segura para fazer a manutenção;
• Colocar andaimes perto da fiação;
• Fazer ligações clandestinas ao construir ou ampliar imóveis;
• Usar máquinas de grande porte, como tratores e retroescavadeiras, nos arredores da rede;
• Instalar antenas no mesmo lado onde está a rede de energia;
• Se apoiar nos fios ou na parte superior de postes;
• Não tomar os devidos cuidados com a altura, para evitar quedas;
• Arremessar cabos sobre a rede elétrica, mesmo que encapados, pois a capacidade de isolamento do material pode não ser suficiente para evitar a passagem da eletricidade.

Ações que são proibidas de serem realizadas na rede de energia ou próximas a elas:

• Instalar câmeras de vigilância, placas publicitárias, cabos de rede de internet e demais equipamentos particulares nos postes;
• Fazer instalações elétricas direto nos cabos dos postes. Além de perigoso, é crime;
• Instalar, retirar ou adulterar medidores de energia;
• Realizar pintura de fachadas improvisando extensores no rolo de pintura;
• Fazer cercas ou alambrados sob a rede elétrica sem aterramento e/ou seccionamento;
• Subir em transformadores ou estruturas de rede de energia. Somente as equipes da concessionária estão habilitadas a fazer intervenções no sistema.

 

Quer instalar uma antena, como fazer com segurança?

 

• Contrate um profissional qualificado e experiente;
• Garanta que a instalação será feita longe de para-raios e jamais interligue o cabo da antena aos condutores elétricos;
• Na hora da instalação não arremesse cabos sobre a rede elétrica. Mesmo eles estando encapados, a capacidade de isolamento do material pode não ser suficiente para evitar a passagem da eletricidade;
• Nunca faça a instalação em marquises. Elas estão próximas às redes elétricas;
• Não se aproxime ou toque na rede elétrica;
• O local ideal da instalação da antena é o lado oposto da fiação de energia elétrica.

 

Manutenção na rede

 

Toda e qualquer necessidade de manutenção nas redes elétricas de distribuição devem ser realizadas pela Energisa. Para solicitar o atendimento é necessário entrar em contato pelo 0800 721 3330. Também é possível registrar o chamado pelo aplicativo Energisa On.

 

Caso se depare com as situações abaixo descritas, chame a Energisa:

 

• Cabo rompido, baixo ou próximo a marquises, varandas, fachadas, placas de lojas e painéis publicitários;
• Poste quebrado ou com estruturas visivelmente danificadas/quebradas;
• Árvores em contato ou muito próximas à rede;
• Construções/edificações sob a rede elétrica;
• Montagem de andaimes ou outras estruturas metálicas próximas à rede elétrica;
• Atividades de aterro ou escavação próximas aos postes;
• Cercas ou alambrados sem aterramento e/ou seccionamento.

Equipe Gazeta do Cerrado com informações da Aneel e da Energisa.