Segundo o INPE, em outubro deste ano foram 175.108 raios no Tocantins. Em 2017, no mesmo mês, foram 22.889. Houve um aumento de 665%.

Também foi registrado um aumento de 56% nas chuvas. Este ano choveu 89,2 mm e no ano passado foram 56,6 mm.

Os dados foram repassados pela ENERGISA.

O perigo dos raios 

 A chance de uma pessoa ser atingida é algo em torno de 1 para 1 milhão. Entretanto, a maioria das mortes e ferimentos não são devido a incidência direta e sim a efeitos indiretos associados a incidências próximas ou efeitos secundários dos raios e efeitos secundários normalmente associados com incêndios ou queda de linhas de energia induzidos por descargas que venham a atingir uma pessoa.

A corrente do raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através de aquecimento e uma variedade de reações eletroquímicas. Cerca de 20 a 30 % das vítimas de raios morrem, a maioria delas por parada cardíaca e respiratória, e cerca de 70 % dos sobreviventes sofrem por um longo tempo de sérias sequelas psicológicas e orgânicas. As sequelas mais comuns são diminuição ou perda de memória, diminuição da capacidade de concentração e distúrbios do sono. De modo a evitar os acidentes descritos acima, procure seguir as recomendações listadas abaixo.

Vejas as dicas:

Principais cuidados

Se possível, não saia para a rua ou não permaneça na rua durante tempestades, a não ser que seja absolutamente necessário. Nestes casos, procure abrigo nos seguintes lugares: carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis; em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios; em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis; em grandes construções com estruturas metálicas; em barcos ou navios metálicos fechados; e finalmente em desfiladeiros ou vales.

Se estiver dentro de casa, evite: usar telefone, a não ser que seja sem fio; ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas; tocar em qualquer equipamento elétrico ligado a rede elétrica. Se estiver na rua, evite: segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca, tripés e tacos de golfe; empinar pipas e aeromodelos com fio; andar a cavalo; nadar; e ficar em grupos.

Se possível, evite os seguintes lugares que possam oferecer pouca ou nenhuma proteção contra raios: pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos; veículos sem capota, tais como tratores, motocicletas ou bicicletas; estacionar próximo à árvores ou linhas de energia elétrica.

Evite também certos locais que são extremamente perigosos durante uma tempestade, tais como: topos de morros ou cordilheiras; topos de prédios; áreas abertas, campos de futebol ou golfe; estacionamentos abertos e quadras de tênis; proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas, trilhos e árvores isoladas; estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e linhas de energia elétrica.

Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir seus pêlos arrepiados ou sua pele coçar, indicando que um raio esta prestes a cair, ajoelhe-se e curve-se para a frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não deite-se no chão. Maiores detalhes podem ser encontrados no site do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no endereço www.cea.inpe.br/elat.

Como proteger aparelhos domésticos ?

Os pára-raios instalados no alto de casa e edifícios evitam a destruição, incêndios e riscos para as pessoas, mas não garantem, sozinhos, a proteção de eletrodomésticos e equipamentos elétricos.

Os picos de tensão são provocados, principalmente, por raios ocorridos em locais distantes e conduzidos pela rede elétrica até o interior das edificações. Esse tipo de descarga elétrica não é protegido pelos pára-raios externos e,sim, pelos varistores instalados dentro das residências.

Varistor. Que raio de palavra é essa?

Varistores são elementos componentes dos pára-raios de baixa tensão criados para proteger equipamentos eletro-eletrônicos em residências, escritórios, indústrias, hospitais, fazendas e em qualquer lugar que receba energia elétrica.

Os varistores mais recomendados são os do tipo “pastilhas de óxido de zinco”, que podem ser instalados com facilidade no quadro de distribuição (um aparelho para cada fase), instalados junto a cada tomada ou um varistor para cada equipamento eletro-eletrônico. Existem no comércio especializado diversas marcas e modelos de varistores, também conhecidos como protetores de surtos ou pára-raios de baixa tensão. Os varistores a serem utilizados por consumidores da Cemig devem possuir o valor de tensão máxima de serviço entre 150 e 180 volts, e corrente máxima de surto
superior a 5000 A. Informe-se nas Agências de Atendimento da Cemig ou nas lojas especializadas.

Aterramento correto 

Para uma eficiente atuação dos varistores, é necessário que o sistema de aterramento da unidade consumidora também seja eficiente. Você deve verificar com atenção o seu sistema de aterramento antes de instalar o varistor. No caso de aterramento mal feito, ou de uma grande sobrecarga na rede elétrica, este dispositivo pode não funcionar perfeitamente.

A vida útil dos varistores depende do número de vezes que ele operou e da intensidade das correntes conduzidas. Portanto, será necessário trocá-lo anualmente.

 

 

*com informações INP