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Tocantins tem mais de 400 diagnósticos de hanseníase em 2022; Veja como tratar

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) faz um alerta para o diagnóstico tardio da Hanseníase, uma doença endêmica no Estado do Tocantins que pode provocar incapacidades físicas e deformidades irreversíveis. A última sexta-feira do mês de outubro (28) é celebrado o Dia Estadual de Luta Contra a Hanseníase e tem o intuito de alertar a sociedade sobre os sinais e sintomas da doença, que tem cura e tratamento na rede básica de saúde dos municípios.

A coordenadora da área técnica da Hanseníase, da SES-TO, Regina Maria Figueiredo Garcia Teixeira relata que, “o Estado do Tocantins é considerado hiperendêmico conforme os parâmetros do Ministério da Saúde, e ocupa o 2º lugar no ranking nacional de maior número de casos notificados por isso reforçamos a importância do diagnóstico na fase inicial da doença, do tratamento oportuno e cura, visando eliminar fontes de infecção, reduzir e/ou minimizar os sofrimentos causados pelas incapacidades físicas resultantes do diagnóstico tardio”.

O Dia Estadual de Luta Contra a Hanseníase pretende chamar atenção dos municípios para desenvolverem atividades relacionadas à ‘prevenção de Incapacidades’, levando em consideração os dados registrados. No Tocantins foram diagnosticados 756 novos casos de hanseníase em 2021 e este ano já foram registrados 414 novos pacientes.

A doença

A hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa. Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes.

Os sintomas acometem os nervos dos membros inferiores, superiores e face de forma lenta, por isso as alterações podem passar despercebidas, muitas vezes só são detectadas em estágio avançado. Também pode se identificar a doença com manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato, formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores; diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados abertos nos pés.

A transmissão é feita por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença. Por isso todas as pessoas que convivem ou conviveram com o doente devem ser examinadas.

Tratamento

O medicamento é distribuído gratuitamente nas unidades básicas de saúde e deve ser tomado diariamente até o término do tratamento. Caso não haja tratamento, a doença pode causar lesões severas e irreversíveis. O tratamento cura a doença, interrompe sua transmissão e prevenir incapacidades físicas. Quanto mais cedo for iniciado, menores são as chances de agravamento da doença.

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