O Estado do Tocantins em parceria com o Consórcio Instituto Ecológica, a Sustainable Carbon e a Winrock estão trabalhando na execução do projeto internacional REDD+ Jurisdicional das Nações Unidas, após chamada pública institucional realizada por edital pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Este é um programa que busca a redução do desmatamento e da degradação ambiental com ações que vão beneficiar todo o Estado, desde os povos indígenas, quilombolas e pequenos agricultores até comunidades carentes. Dentre os principais benefícios do projeto estão a implantação de programas de economia de baixo carbono, que diminuem as pressões de desmatamento e degradação e benefícios voltados ao desenvolvimento social, humano e ambiental no Tocantins.
Divaldo Rezende, um dos responsáveis pelo projeto no Tocantins, destaca que esta é uma ação que beneficia a todos e fala da importância do diálogo em todas as esferas, tanto no poder legislativo, como no poder executivo. “Esse é o momento do Governador do Estado firmar alianças com o futuro presidente, a fim de que haja um maior diálogo voltado para as questões ambientais, para que, dessa forma, haja a redução da emissão do gás carbônico”, afirma o vice-presidente do Instituto Ecológica.
O cerrado tocantinense é um dos biomas mais ricos e por isso a necessidade de reduzir a emissão de CO2 e o interesse de outros países em financiar essa preservação ambiental.
Encontro
Para introduzir o debate no Tocantins, nos dias 23 e 24 de outubro, foi realizada uma programação para abordar a redução de emissão por desmatamento na perspectiva dos povos indígenas do estado. Um dos objetivos desse evento foi de sensibilizar as lideranças indígenas do ponto de vista jurídico, econômico e sociocultural.
A parceria das empresas com o projeto REDD+ já iniciou e a Brasil para os Maduros (BPM) aproveitou o momento para se aliar. Segundo o diretor da BPM, Richter Artur, esse trabalho em conjunto contribuirá para a conscientização e um alcance social maior com o auxílio da experiência da terceira idade. “Os maduros possuem um valor científico e técnico, enfim, uma experiência enorme que não podemos desprezar. Nesta parceria podemos ser um suporte ao projeto, valorizando o conhecimentos dos idosos dentro de um contexto moderno como este”, explica.
No Brasil e no mundo
O REED + é um projeto internacional que já foi adotado por muitos países e prevê incentivos financeiros aos grupos que contribuírem com a redução da emissão de gases poluentes e o desmatamento.
No Brasil, estados como Acre, Amazonas, Mato Grosso e agora o Tocantins traçam estratégias para a execução do projeto. No Acre, o projeto foi instaurado em 2012, durante a Conferência Rio+20, por meio de uma parceria com a Alemanha e Reino Unido, fechando mais de R$ 115 milhões para a execução, sendo o primeiro a receber o financiamento com base nos resultados da redução dos gases poluentes.
Instituto Ecológica
Foi criado em 1999 no Tocantins com a missão de atuar na diminuição dos efeitos das mudanças climáticas, através de atividades de pesquisa científica, conservação, e preservação do meio ambiente e apoio ao desenvolvimento sustentável das comunidades.
Fonte: Kiw Assessoria