
O vereador Carlos Amastha (PSB) apresentou nesta terça-feira, 16, um segundo pedido de impeachment contra o governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos), na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto). Segundo o parlamentar, a nova peça agora reúne informações divulgadas após a Operação Fames-19, da Polícia Federal, deflagrada no último dia 3, que resultou no afastamento de Wanderlei e da primeira-dama, Karynne Sotero.
De acordo com Amastha, o documento “consolida, de forma organizada, os detalhes do caso, descrevendo a estrutura das condutas, o modo de operação e os caminhos de comprovação”.
O vereador lembrou que o primeiro pedido de impeachment, protocolado no mesmo dia da operação segue em análise jurídica da procuradoria da Assembleia Legislativa.
Em nota, Amastha alega que o novo pedido atende integralmente às exigências da Lei 1.079/1950, que define crimes de responsabilidade, inclusive com reconhecimento de firma. Para ele, não haverá margem para questionamentos formais:
“Cumprimos, ponto a ponto, as exigências da legislação para que a discussão seja exclusivamente sobre o mérito e a proteção do dinheiro público”, alega.
Na Casa de Leis, nos bastidores, não há clima político internamente no momento para tratar do assunto já que as investigações estão em curso e que há inclusive recurso do governador afastado para tentar voltar ao cargo. O pedido está em análise na procuradoria com relação aos documentos comprobatórios necessários de autoria dentre outros aspectos técnicos antes de seguir o trâmite para análise de admissibilidade ou não.
A investigação da Operação ainda está em curso inclusive por parte da Polícia Federal. O governador Wanderlei Barbosa nega todas as acusações e seu jurídico está em campo.