A mobilização dos Policiais Penais do Tocantins começa a dar frutos. Após negociações com o Governo do Estado nesta segunda-feira, 7, o Sindicato dos Policiais Penais do Tocantins (Sindppen-TO) anunciou que orienta pela aceitação da nova proposta apresentada pelo Executivo, que reconhece diversas reivindicações históricas dos servidores e promete avanços estruturais e salariais para a categoria.
Entre os principais pontos acordados está o reconhecimento oficial da necessidade de elevação do cargo para nível superior. Segundo o presidente do Sindppen-TO, Wilton Angelis, a mudança busca corrigir distorções e valorizar o papel estratégico dos Policiais Penais no sistema de segurança pública. “Foi falado hoje e aceito o nível superior para corrigir. Vão aumentar o número de vagas no PCCS e elevar a qualificação para ingresso na carreira. Vai ter concurso, provavelmente com umas 300 vagas, e o requisito já será de nível superior”, explicou.
Além disso, segundo o sindicato, o governo comprometeu a encaminhar ao Legislativo o projeto que oficializa essa mudança e também anunciou um novo concurso público com 300 vagas, já prevendo a exigência de nível superior para ingresso.
Outro avanço significativo, conforme o documento, foi a decisão do governo de tornar permanente a indenização de R$ 1.200,00, que antes precisava ser renovada anualmente. Agora, o benefício também será estendido aos Policiais Penais em licença médica, funcionando como um tipo de auxílio-doença.
Quanto aos plantões, o valor foi elevado para 6% do salário, abaixo do percentual pleiteado pela categoria, mas visto como um avanço pelo sindicato. “Não é o valor reivindicado, mas entendemos que, no geral, o governo atendeu as principais pautas dos policiais”, afirmou Wilton.
A proposta também contempla a isonomia entre os cargos e avança em melhorias no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), o que contribuiu para a suspensão das manifestações programadas. Os policiais tinham uma nova paralisação prevista para esta terça-feira, 8, após decisão desfavorável do Tribunal de Justiça no último sábado, 5, mas a proposta do governo reverteu o cenário.