
Os bastidores políticos vivem um clima de efervescência nas últimas horas. Circulam informações especulatórias sobre a existência de uma possível articulação governista para colher assinaturas de deputados em apoio à tentativa de abertura de um processo de impeachment contra o governador afastado, Wanderlei Barbosa (Republicanos).
Fontes ouvidas pela Gazeta do Cerrado afirmam que haveria tentativas de mobilizar cerca de oito parlamentares para compor uma lista de apoio inicial. Oficialmente, contudo, nenhum deputado admite nem confirma qualquer movimentação nesse sentido.
Segundo fontes, políticos ligados ao governo atual estariam sondando parlamentares em busca de adesões ao suposto movimento. Apesar das especulações, não há até o momento nenhum protocolo formal ou documento público que comprove a articulação além dos pedidos de impeachment apresentados por outras pessoas.
O deputado Gutiérrez Torquato (PDT), considerado um dos nomes mais próximos do governo interino, negou à Gazeta que haja qualquer movimento voltado a um processo de impeachment. “Não existe nada disso”, afirmou.
Nos bastidores, entretanto, há quem garanta que as conversas vêm ocorrendo de forma reservada com procura de parlamentares até altas horas da noite. Deputados que pediram para não serem identificados confirmam que há procura intensa por parte de aliados políticos da atual gestão para tentar viabilizar uma possível lista. Vários deputados têm negado assinar.
Para que um pedido de impeachment avance na Assembleia, é necessário o mínimo de 13 assinaturas. Até o momento, não há indícios concretos de que esse número esteja próximo de ser alcançado — o que reforça o caráter especulativo do tema.
Enquanto o cenário segue indefinido, os corredores da Aleto seguem em compasso de expectativa e rumores, refletindo o clima político tenso que domina o Estado desde o afastamento do governador.