Ronaldo Dimas
Ronaldo Dimas

O secretário Ronaldo Dimas se manifestou sobre nota divulgada à imprensa em nome do diretório estadual do Republicanos no Tocantins. “É a demonstração da total ineficiência e do absoluto descontrole das contas públicas do governo Wanderlei Barbosa. Isso porque ex-gestores de pastas importantes, como da Saúde e da Administração, demonstraram que sequer tinham conhecimento do tamanho do rombo que o próprio governo Wanderlei criou para o Estado. Uma dívida que, somada, supera R$ 1 bilhão”, afirmou Dimas.

“Que governo foi esse que não sabia quanto devia? Que contratava sem orçamento e sem lastro financeiro? Que não tinha qualquer controle sobre a execução dos serviços contratados?”, questionou o secretário de Planejamento e Orçamento do Estado, Ronaldo Dimas.

Segundo Dimas, o próprio “rombo” (como ele chamou) de R$ 580 milhões na Secretaria da Saúde do Estado desmascara uma gestão que gastava o recurso público de maneira descontrolada, enquanto entregava à população um péssimo serviço de saúde.

“Para se ter uma ideia, as despesas correntes na saúde dobraram no governo Wanderlei, passando de R$ 871.990.844,00 em 2021 para R$ 1.634.887.749,00 na projeção para 2025. Enquanto isso, o número de internações no mesmo período cresceu 21%. Um absoluto descompasso se comparado o crescimento do custo da saúde com o aumento da demanda atendida, que evidencia a incompetência da gestão, o descontrole de gastos e a falta de zelo com o dinheiro público”, alegou.

Dimas alega ainda: “Se o gasto crescia, a dívida seguia o mesmo caminho. Técnicos do Planejamento revelam que, no governo Wanderlei, a saúde fechava as contas do ano devendo dois ou três meses de orçamento”.

“Assumimos a gestão da saúde com prestadores de serviço que estavam há mais de seis meses sem receber, num absoluto descontrole dos gastos da saúde. Dívidas que vinham se acumulando de ano a ano e criou-se uma bola de neve que estava levando a saúde do Tocantins à falência”, alega o secretário da Saúde, Vânio Rodrigues de Souza.

Em nota, Dimas disse ainda que as contas do Servir são “outra mostra do total descontrole de gastos do governo Wanderlei. Mensalmente, o governo precisa repassar cerca de R$ 35 milhões a mais do que é estabelecido como contribuição patronal, um rombo que chega a quase R$ 420 milhões por ano”, disse.

“O governo Wanderlei foi uma fábrica de crise para o Tocantins. Basta ver o quanto se gastou com a saúde e o péssimo serviço que era prestado para a população. Aí vem a pergunta: para onde foi esse dinheiro?”, questionou Ronaldo Dimas.

O governo afirma que, com o apoio da Controladoria do Estado e a cooperação do Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria Pública, será realizada uma profunda auditoria nas contas da Saúde para identificar a razão de “tamanha discrepância”.

A nota diz ainda: “A resposta pode estar nos vários escândalos de corrupção que estão sob investigação pela Polícia Federal. O mais emblemático é o escândalo das cestas básicas envolvendo o então governador Wanderlei Barbosa, seus filhos e sua esposa Karine Sotero que, segundo a Polícia Federal, teria desviado cerca de R$ 78 milhões de recursos destinados à compra de cestas básicas que deveriam atender pessoas que passavam fome durante a pandemia e que levou ao afastamento de Wanderlei do Governo”, chega a dizer.

Na nota, a atual gestão cita suspeitas de investigação, como a prisão do ex-secretário executivo da Educação, Edinho Fernandes, suspeito de participar de um esquema que teria desviado mais de R$ 1,4 bilhão da Educação do Estado por meio de emendas parlamentares.