
Um dos caminhões que estava submerso no Rio Tocantins desde o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, em dezembro de 2024, foi retirado da água nesta quinta-feira (4). A operação, considerada de alta complexidade, contou com o apoio de mergulhadores, balões de flutuação e guinchos.
A ponte, que integrava a BR-226 entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), desabou em 22 de dezembro do ano passado, enquanto carretas, caminhonetes e veículos de passeio faziam a travessia. O acidente deixou 14 mortos, três desaparecidos e um sobrevivente resgatado com vida.
No dia 20 de agosto, uma caminhonete já havia sido retirada do fundo do rio. Desta vez, as equipes conseguiram remover o cavalo mecânico de um caminhão, que estava preso sob escombros da estrutura.
“A ação exigiu um esforço maior, já que o veículo estava parcialmente soterrado, sendo necessário realizar trabalhos de dragagem para possibilitar sua liberação”, informou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Segundo o órgão, a operação envolveu oito mergulhadores e balões de reflutuação com capacidade de até cinco toneladas. Ainda restam submersos três caminhões e dois veículos menores, cuja remoção deve levar ao menos três meses.
“As próximas etapas continuarão com o uso de balões de reflutuação de cinco toneladas e guinchos de 90 toneladas, acionados por escavadeiras, para possibilitar a retirada dos demais veículos”, acrescentou o DNIT em nota.
Relembre o desabamento
O colapso ocorreu por volta das 14h50 de 22 de dezembro de 2024. Na ocasião, duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões atravessavam a ponte. Três desses caminhões transportavam ácido sulfúrico e galões com agrotóxicos, que continuam no fundo do rio junto com os veículos.
Um laudo da Polícia Federal, concluído em maio de 2025, apontou a presença de cerca de 1,3 mil galões no local, dos quais apenas 29 haviam sido retirados até então. A previsão é de que a remoção completa ocorra ainda em setembro.
No início de agosto, o DNIT informou que a Marinha do Brasil validou protocolos de segurança após analisar as condições da área para o prosseguimento dos trabalhos. A retirada dos veículos e, posteriormente, dos galões químicos dependeu de mapeamento e estudos técnicos.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também acompanha a operação para evitar impactos ambientais. Segundo o órgão, um relatório está sendo elaborado após vistorias realizadas no local.
Fonte: g1 Tocantins