
O Partido dos Trabalhadores (PT) no Tocantins definirá seu novo comando em segundo turno, após uma disputa acirrada entre seis candidatos no primeiro turno das eleições internas. Os dois mais votados, Diego Montelo e Nile William, seguem para a nova etapa do pleito, marcada para o próximo dia 27 de julho. O atual presidente estadual da sigla, José Roberto Forzani, que não disputou a reeleição, comentou à Gazeta o processo e rebateu as acusações de falta de transparência feitas por integrantes da oposição.
Ao todo, 3.159 votos válidos foram computados no primeiro turno. Diego Montelo liderou com 1.298 votos (41,09%), seguido de perto por Nile William, que obteve 1.271 votos (40,23%). Os demais candidatos foram: Itamar Bandeira, com 289 votos (9,15%); Jozafá Maciel, com 233 votos (7,38%); Luís Antônio, com 49 votos; e Valdez Filho, com 19 votos.
Divisão e naturalidade no processo
Em entrevista exclusiva à Gazeta, José Roberto minimizou as tensões internas e tratou o resultado como reflexo da ampla concorrência. “Nós tínhamos cinco candidatos. Como todo mundo estava disputando, é normal que divida muitos votos. É natural isso. A nível nacional não teve tanta divisão como teve aqui. Lá houve muita união em torno da candidatura vencedora. Aqui, como todo mundo resolveu disputar, o resultado é esse mesmo”, declarou.
Acusações e respostas
O grupo de Nile William, segundo colocado, tem feito críticas públicas à condução do processo eleitoral, apontando falta de transparência na apuração e alegando supostas inconsistências em municípios como Tocantinópolis e Bom Jesus. José Roberto rebateu os questionamentos.
“Todas as atas são públicas. Se alguém fez apuração paralela, deve ter tido acesso a elas. O que o Diretório Estadual fez foi tabular as atas recebidas e enviá-las à Direção Nacional. Nada foi alterado. Esse é o procedimento estabelecido pela própria Executiva Nacional e deve ser seguido obrigatoriamente pelas instâncias estaduais e municipais”, explicou.
Segundo ele, o resultado só é publicado oficialmente após a validação final da Direção Nacional, que também fiscaliza o processo. “Não tem problema nenhum. Quem achava que ganharia e não ganhou, agora tem o prazo legal para apresentar recurso. Se houver, a Executiva Estadual vai deliberar”, garantiu.