
O Tocantins amanheceu nesta quarta -feira em clima de expectativa. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar, ainda hoje, a liminar que reconduziu Wanderlei Barbosa (Republicanos) ao cargo de governador após três meses de afastamento no âmbito da Operação Fames-19. A decisão, que foi tomada de forma monocrática pelo ministro Nunes Marques, precisa agora ser referendada pelos demais ministros do colegiado.
Nos bastidores políticos, o clima é de intensa movimentação. Grupos de aliados e opositores acompanham cada detalhe em Brasília e em Palmas. Há quem arrisque previsões de placar, há quem prefira a cautela diante de um julgamento com forte impacto institucional no Estado. Um ponto, porém, é consenso entre os analistas: o Tocantins vive mais um capítulo decisivo de sua história recente nas mãos do Supremo Tribunal Federal.
Desde o retorno ao cargo, na última sexta-feira (5), Wanderlei Barbosa tem adotado uma postura cuidadosa, evitando movimentos bruscos e priorizando diálogos com sua base política. O governador também tem recebido demonstrações contínuas de apoio tanto de aliados quanto de segmentos populares que comemoraram sua volta em diversos municípios, com carreatas, manifestações e visitas ao Palácio Araguaia.
O otimismo entre seus apoiadores é evidente. Internamente, o grupo político de Wanderlei avalia que o ambiente está favorável à manutenção da liminar e à continuidade da gestão. Por outro lado, o grupo do vice Laurez Moreira acompanha o processo de perto, atento aos desdobramentos e às possíveis repercussões no cenário político estadual.
A decisão da Segunda Turma, composta pelos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux, André Mendonça e Nunes Marques, deve encerrar mais uma etapa da disputa jurídica que marcou o segundo semestre no Tocantins. O resultado é aguardado com grande expectativa por prefeitos, deputados, lideranças e pela população, que vive novamente um momento de tensão institucional.
Hoje, mais uma vez, os rumos do Tocantins passam pelo crivo do STF — e o Estado inteiro acompanha, atento, o desfecho de um julgamento que pode selar definitivamente a permanência de Wanderlei Barbosa no comando do Palácio Araguaia.