
A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, participou nesta sexta-feira da inauguração da Casa da Mulher Brasileira em Palmas. Em seu discurso, ela enfatizou a necessidade de construir um país mais igualitário, com respeito e solidariedade, especialmente para as mulheres.
“Isso é igualdade, isso é ódio, e o ódio a gente enfrenta com amor, com respeito, com solidariedade. E a gente vai construir esse país, um país de respeito, um país de solidariedade. Um país onde as mulheres sejam iguais, onde as mulheres sejam vivas, sejam presentes”, afirmou a ministra.
Cida Gonçalves também agradeceu o empenho da senadora Professora Dorinha (UB), que destinou cerca de R$ 6 milhões para a construção da Casa. Segundo a ministra, o Ministério da Mulher ainda deve destinar computadores para equipar a unidade, reforçando o compromisso com o atendimento às mulheres em situação de vulnerabilidade.
Caso Delvânia
Ela falou ainda do caso da tocantinense Delvânia e atendeu familiares da vítima de tentativa de feminicídio. Ela disse que o Estado brasileiro tem um compromisso com o fim da impunidade.
Delvânia Campelo da Silva, de 50 anos, foi vítima de uma tentativa brutal de feminicídio em Caseara, no último sábado, 22. Delvânia foi espancada violentamente pelo namorado, sofreu múltiplas fraturas na cabeça e segue internada em estado grave na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP).
O caso causou ainda mais revolta a população, depois que o suspeito se apresentou à polícia e foi liberado, pois não estava mais em situação de flagrante.
A Secretaria de Estado da Mulher do Tocantins manifestou seu posicionamento oficial sobre o caso de Delvânia Campelo da Silva através de nota.
Casa da Mulher Brasileira
A Casa da Mulher Brasileira é um centro de referência no atendimento às mulheres vítimas de violência, oferecendo serviços especializados, como apoio jurídico, assistência psicológica e acolhimento. A iniciativa faz parte da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e busca fortalecer a rede de proteção em todo o país.
Com a inauguração, Palmas passa a contar com um espaço estruturado para oferecer suporte integral às mulheres, garantindo atendimento humanizado e articulado com outras instituições. “Queremos o nosso Brasil, o Brasil do Siqueira, do seu pai, de todos os nossos pais. O Brasil que canta, que dança, que reza, que ora, que é diverso. Mas um Brasil feliz, de paz e solidariedade”.
Por fim, ela destacou dados da violência contra a mulher no Brasil, bem como as ações do Governo Lula no combate à violência de gênero no país.