
A semana foi marcada por um clima de forte tensão política nos bastidores do Tocantins. As conversas de corredores giraram em torno de supostas articulações para cooptar deputados estaduais em apoio a um possível pedido de abertura de processo de impeachment contra o governador afastado, Wanderlei Barbosa (Republicanos).
Apesar das especulações, nenhuma movimentação oficial foi registrada na Assembleia Legislativa. Deputados ouvidos pela Gazeta do Cerrado confirmam que há rumores e sondagens políticas, mas evitam se posicionar publicamente sobre o tema. O clima, segundo aliados do governo interino, ainda é de observação e cautela.
Por outro lado, entre os aliados de Wanderlei Barbosa, o sentimento é de expectativa. O grupo do governador afastado aguarda com atenção a análise do novo recurso impetrado por sua defesa, que busca reverter o afastamento e restabelecer seu retorno ao cargo. Nos bastidores, a esperança é de que a decisão da Justiça possa redefinir o cenário político e devolver estabilidade ao Executivo estadual.
Enquanto isso, o governo interino de Laurez Moreira é observado de perto por todos os setores. Suas atitudes e prioridades têm sido avaliadas com atenção, especialmente em um momento em que a saúde pública vive uma fase crítica, com o acúmulo de dívidas e o início de paralisações de serviços em várias regiões do estado. A condução dessa crise será decisiva para medir a capacidade de gestão e a articulação política do atual comando do Executivo.
Nos corredores da Assembleia Legislativa, o clima é de prudência e silêncio estratégico. Parlamentares evitam declarações públicas mais incisivas, mas acompanham atentamente os desdobramentos políticos que podem definir os próximos capítulos da crise que domina o cenário tocantinense.
O Tocantins vive, assim, uma encruzilhada política e administrativa. De um lado, um governo interino que tenta se firmar em meio a cobranças crescentes e desafios urgentes, sobretudo na área da saúde. De outro, um grupo político que espera uma decisão judicial capaz de reconfigurar todo o tabuleiro do poder. Entre incertezas e manobras, o estado assiste a uma disputa silenciosa que pode decidir não apenas o futuro do governo, mas também a estabilidade institucional e a confiança na política tocantinense.