Ronaldo Dimas
Ronaldo Dimas

Conteúdo Especial Gazeta

O secretário de Estado do Planejamento e Orçamento, Ronaldo Dimas, afirmou em entrevista exclusiva à Gazeta que o governo interino de Laurez Moreira (PSD) já conseguiu iniciar um processo de estabilização das contas públicas do Tocantins, após assumir o Executivo sob um cenário de desequilíbrio financeiro elevado. Segundo ele, a gestão atual tem trabalhado para ajustar o fluxo de caixa, reduzir despesas, renegociar contratos e parcelar dívidas acumuladas nos últimos anos.

Dimas explicou que o primeiro passo adotado pela equipe econômica foi interromper o crescimento da despesa acima da receita, prática que vinha comprometendo as finanças estaduais.

“A gente está equalizando, primeiro, não gastando mais do que arrecada. Isso é fundamental para restabelecer o equilíbrio das contas”, afirmou.

De acordo com o secretário, a receita corrente líquida mensal do Estado oscila entre R$ 1,1 bilhão e R$ 1,2 bilhão, valor que pode variar conforme repasses federais e movimentação econômica.

Dimas pontuou que, apesar da receita expressiva, os passivos herdados da gestão anterior exigem rigor na condução financeira.

O secretário detalhou que o governo vem realizando redução significativa no custeio, além de ajustes na folha de pagamento, especialmente nos pontos considerados “em excesso”.

Outra frente prioritária é a renegociação de contratos onerosos, firmados anteriormente:

“Estamos revisando contratos onde há espaço para redução de gastos. Alguns são muito pesados e claramente precisam ser repactuados.”

Dimas também confirmou que o governo negocia com os maiores credores do Estado, buscando parcelamentos de longo prazo que desafoguem o caixa sem comprometer a continuidade dos serviços públicos.

Ele afirmou que os credores têm demonstrado mais confiança desde a mudança no comando do Executivo:

“Com o Laurez, percebemos mudança no ambiente de credibilidade. Quem tem dinheiro para receber do Estado já vê outra postura.”

O secretário citou que, ao assumir, a equipe econômica identificou um cenário preocupante:

• Déficit projetado da Saúde: cerca de R$ 600 milhões

• Pendências diversas: quase R$ 300 milhões

• Passivos anteriores: cerca de R$ 120 milhões

• Pendências no Igeprev/JETO: entre R$ 300 e 400 milhões

Segundo Dimas, o montante “assustou”, mas é possível regularizar com gestão técnica e disciplina orçamentária.

Uma determinação direta do governador interino, segundo Dimas, é que o Estado volte a pagar serviços e fornecedores em dia, evitando a criação de novos passivos enquanto os antigos são negociados.

“Primeiro é parar de acumular dívidas. Isso não vinha acontecendo. Agora estamos quitando contas e devolvendo credibilidade à máquina pública.”

O secretário afirma que a mudança já é perceptível:

“Quem tinha valores a receber do governo agora vê um cenário de confiança. Estamos reduzindo drasticamente as contas acumuladas.”

Ao final, Dimas reforçou que o objetivo central da gestão interina é entregar um Tocantins equilibrado, sem arriscar o funcionamento da máquina pública:

“Com boa gestão, vamos controlar as contas e colocar o Estado dentro de sua capacidade real de pagamento. Esse é o compromisso.”

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Coluna escrita por Maju Cotrim escritora e consultora de comunicação. CEO Editora-Chefe da Gazeta do Cerrado. Jornalismo de causa, social, político e anti-fake!

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