
Em entrevista exclusiva à Gazeta do Cerrado, a senadora e coordenadora da bancada federal, professora Dorinha, analisou os primeiros 20 dias de gestão do governador interino, Laurez Moreira (PSD). Para a parlamentar, o momento exige diálogo com a bancada e foco na execução de políticas públicas.
“Eu acho assim, a situação é toda bastante delicada. O grande prejudicado é o povo, as cidades, as ações contínuas, como educação, saúde, obras em andamento. A bancada tem um volume de recursos significativo no Estado, então agora em outubro a gente já começa a planejar os próximos recursos do próximo ano. (…) Agora é importante entender que agora é um momento de gestão e não de política, e no conjunto a bancada está à disposição. Então, eu me preocupo, mas me coloco à disposição”, afirmou.
Dorinha ressaltou que não foi procurada pelo governo até o momento e reforçou a necessidade de uma condução suprapartidária. “Do ponto de vista do que eu enxergo enquanto bancada, poderia estar lidando de maneira suprapartidária e fora de disputa eleitoral. (…) Eu não fui procurada como coordenadora, mas me coloco à disposição. Agora tem calendários específicos de reprogramação, alguns parlamentares colocaram recursos para a saúde, para a área do turismo, isso tudo requer diálogo”, completou.
A senadora citou ainda recursos já disponíveis e que aguardam execução. “Eu, por exemplo, tenho quase R$ 13 milhões colocados na saúde para cirurgias que já deveriam estar acontecendo, os municípios já se organizaram, já passaram nos conselhos e a gente precisa saber como é que isso vai acontecer, porque é recurso que está na conta do Estado. Esse recurso foi meu e do deputado Eli Borges”, explicou.
Outro ponto abordado por Dorinha foi o movimento de prefeitos que declararam apoio à sua pré-candidatura ao governo. A senadora disse receber as manifestações com gratidão, mas reforçou que 2025 deve ser um ano de entregas. “Eu fico muito grata pelas posições em relação a um apoio, uma pré-candidatura e ela vem fruto muito menos do lado pessoal e muito mais pela questão da gestão, pelos recursos que eu coloquei nas cidades, pelo volume de atendimentos na área da saúde, na educação, em diferentes áreas. (…) Esse ano é um ano de gestão, de trabalho, a continuidade e a minha ida nos municípios é mostrando, entregando obras, discutindo, ouvindo sugestões. Logicamente o processo de eleição acontece no ano que vem, mas o debate já é de construção: de que Tocantins nós queremos, o que precisamos fazer para o nosso estado”, afirmou.