
A família do jovem tocantinense Rafael Paixão de Oliveira, de 29 anos, vive dias de angústia e incerteza após receber a notícia não oficial de que ele teria morrido em combate na guerra entre Ucrânia e Rússia. Natural de São Miguel do Tocantins, Rafael estava na Europa desde agosto de 2024, onde se alistou para servir como voluntário nas forças ucranianas.
Nessa quarta-feira, 25, familiares divulgaram um vídeo nas redes sociais em que a mãe de Rafael, bastante abalada, faz um apelo às autoridades brasileiras para que intervenham e tragam respostas concretas sobre o paradeiro do filho.
“A gente tenta buscar informações e só dizem que não tem nada concretizado. Porém, a gente vem recebendo tortura de lá, de que o Rafael está morto. E eu preciso saber, eu não aguento mais. Eu preciso saber. Se meu filho está vivo, que eles oficializem. Que eles me mandem uma resposta, que eles me digam. Tragam o meu filho morto, o corpo. Eu preciso saber do meu filho, que está nessa missão na Ucrânia. Eu preciso que as autoridades me ajudem”, clamou a mãe.
A informação da suposta morte de Rafael teria sido repassada à família por um ex-militar brasileiro que também atuou no conflito. Desde então, os familiares têm buscado, sem sucesso, confirmações oficiais do governo brasileiro.
O apelo da mãe é dirigido ao governo federal, ao Ministério das Relações Exteriores e aos governos estaduais do Tocantins e do Maranhão, que, segundo ela, já demonstraram algum apoio inicial.
“Peço encarecidamente, como mãe, e em nome de todas as mães da minha família, que as autoridades se mobilizem. Nós precisamos de respostas. Precisamos de respeito. Viremos!”, concluiu emocionada.
Até o momento, o Itamaraty não confirmou oficialmente a morte de Rafael nem se pronunciou sobre eventuais procedimentos para localização ou repatriação do corpo.