Frente de Entidades do Agronegócio Tocantinense discute Zoneamento Ecológico-Econômico e REDD+

A Frente de Entidades do Agronegócio Tocantinense (FEATO) deu início a uma série de reuniões técnicas com o objetivo de ouvir as contribuições das associações de produtores sobre dois temas estratégicos para o futuro do setor produtivo no estado: o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) e o REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).

O primeiro encontro ocorreu em Palmas uma semana após a retirada do Projeto de Lei nº 05 da Assembleia Legislativa pelo governador e reuniu técnicos das associações, produtores e representantes do setor produtivo, marcando o início de um processo de escuta das pautas do agronegócio e o alinhamento de propostas para a reformulação do ZEE. A iniciativa pretende organizar as demandas em um documento técnico que deverá orientar a participação do setor produtivo na Comissão Estadual de Zoneamento Ecológico‑Econômico (CEZEE).

Para o presidente da APROEST, Wagno Milhomem, o momento é de construção coletiva. “Nós entendemos a importância do zoneamento, mas defendemos que ele só terá legitimidade se nascer do diálogo com o setor produtivo. O produtor rural precisa ser ouvido, pois é ele quem sente, na prática, os impactos dessas decisões”.

As reuniões serão ampliadas para diferentes regiões do Tocantins, permitindo captar a realidade de cada uma delas, e contribuir ativamente com a reedição do Zoneamento Ecológico-Econômico.

O primeiro encontro contou com a participação de diversas entidades representativas, entre elas Aproest, Aprorios, AANA (Novo Acordo), AAL (Lizarda), Faerto, Embrapa, Sicoob Tocantins, Sistema Fecomércio, UFT, Academia Tocantinense do Agronegócio, e Associação Novilho Precoce Tocantins, além de associações de produtores rurais do Rio Urubu, Rio Formoso, Paranã, São Félix, Abreulândia, Paraíso e Boa Esperança Agronegócio. Também estiveram presentes presidentes de cinco associações ligadas à agricultura familiar.

Instrumento previsto em lei, o ZEE tem por objetivo orientar as políticas públicas em todo o território tocantinense, de forma a promover atividades econômicas sustentáveis. Já o REDD+ tem sido recebido pelos produtores com forte resistência, por ser considerado uma renúncia ao desenvolvimento do setor produtivo no Estado.

Milhomem reforça que a posição das entidades do agronegócio não é de confronto, mas de diálogo, equilíbrio e respeito aos poderes constituídos no Estado. “O agronegócio do Tocantins não é contra o ZEE nem contra os mecanismos de desenvolvimento sustentável. O que nós defendemos é clareza, segurança jurídica e equilíbrio. O setor segue sendo o eixo central da economia do Estado, responsável por gerar emprego, renda e desenvolvimento, e continuaremos mobilizando esforços para garantir a participação efetiva dos produtores na construção de políticas públicas. Queremos um modelo em que produzir e preservar caminhem juntos”.

Fonte: Imprensa Aproest