
Maju Cotrim
O governador interino Laurez Moreira vive dias ainda de ajustes na máquina e falta escolher titulares definitivos de algumas pastas. Nos últimos dias, entrou num modo de busca de mais definições.
Esta semana tomou a iniciativa de fazer uma peregrinação política por alguns ministérios ao lado do senador Irajá, do deputado federal Tiago Dimas e de uma comitiva enorme de assessores e secretários que levou. Tratou de assuntos diversos em áreas distintas nos ministérios, acomodado também por Ronaldo Dimas. A reunião com a bancada federal, responsável por maioria dos recursos enviados para os municípios, ainda não aconteceu.
O desafio continua sendo a clareza administrativa na continuidade das ações e claro a busca pela estabilidade de projetos importantes para o Estado. A Educação já deu ultimato para o envio do PCCR, um projeto construído a muitas mãos e aguardado com expectativa pela categoria. Está ainda na Casa civil e a gestão atual disse em nota que está analisando.
O retorno das obras do aeroporto de São Félix no Jalapão também ainda aguarda resolução e empresários afirmaram à Gazeta que buscam audiência com ele. São muitas situações que precisam de resolução para continuidade.
O “pente-fino” que o gestor interino determinou na situação de cada pasta vai nortear os próximos passos, mas alguns gestos já são analisados. Irajá é claramente seu braço direito político. A falta de contato e de aproximação com alguns setores políticos até o momento também tem sido observada. À Gazeta, Laurez disse que primeiro iria “organizar” a gestão e depois cuidar da parte política.
A segurança administrativa é o desafio na necessidade de mostrar clareza nos atos de gestão, resultado e empenho dos secretários escolhidos principalmente para as pastas mais estratégicas.
Reações
Laurez optou por nomear o vereador de Araguaína, Marcos Duarte, para a pasta da administração e gerou reações em razão dos posicionamentos polêmicos que ele fez voltados a públicos como pessoas negras e LGBTQIA+. Várias notas foram feitas por movimentos, mas a gestão não se manifestou. Duarte é companheiro político de Laurez desde antes dele assumir e tem muito trânsito e influência junto a ele.
“Vai e volta” nas exonerações
O governo, na última semana, também tem feito um “vai e volta” de exonerações em várias pastas como Ageto e ATS. Centenas de servidores comissionados foram exonerados e, dias após, o Diário trouxe recuo sobre a saída deles, o que também gerou repercussão sobre o cuidado com as ações administrativas.
Laurez sempre diz e repete nos discursos: “venho me preparando ao longo da minha vida para governar o Tocantins”. Eis aí sua prova de fogo prática.
Escutas?
Na semana passada, viralizaram rumores de supostas escutas que teriam sido encontradas nas dependências do Palácio Araguaia. Á Gazeta, o governo afirmou que por se tratar de um assunto que envolve o serviço de inteligência não é possível fazer nenhuma posição oficial sobre o assunto.