ìndice de Desenvolvimento Humano - Foto - Marcelo Casal Jr
ìndice de Desenvolvimento Humano - Foto - Marcelo Casal Jr

Entre 2023 e 2024, considerando-se os parâmetros propostos pelo Banco Mundial, a população do estado em situação de pobreza (com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 PPC por dia, ou R$ 694 por mês) foi de 23,9%, uma redução de 69 mil pessoas na comparação com o ano anterior. Em números totais, eram 442 mil pessoas em 2023, ante aproximadamente 372 mil tocantinenses no ano passado.

A proporção de pessoas em extrema pobreza (rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 2,15 PPC por dia, ou R$ 218 por mês) recuou de 4,2% em 2023 para 3,8% em 2024, uma redução de 6 mil pessoas extremamente pobres, ou seja, 60 mil tocantinenses ainda vivem nesta condição. Esses são dados do capítulo da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) sobre Padrão de Vida e Distribuição de Rendimentos.

No Brasil, 8,6 milhões de pessoas saíram da situação de pobreza, enquanto os brasileiros que não estão mais na categoria de extremamente pobres foram reduzidos em 1,9 milhão.

Extrema pobreza seria quase três vezes maior sem programas sociais

Ao considerar a hipótese da não existência de programas sociais no estado, a extrema pobreza no Tocantins sairia de 3,8% para 10,3%, sendo quase o triplo da proporção. A ausência de programas governamentais também faria o número de pessoas em condição de pobreza disparar, indo de 23,9% para 31,6% na ocasião.

Em 2024, a manutenção dos valores pagos pelo programa Bolsa Família em patamar superior ao período pré-pandemia de COVID-19 contribuiu para a continuidade da redução da pobreza e da extrema pobreza. Além dos programas sociais, o maior dinamismo do mercado de trabalho também contribuiu para essa tendência, especialmente na redução da pobreza, mais impactada pela renda do trabalho, já que os rendimentos dos extremamente pobres têm maior participação de benefícios de programas sociais.

Tocantins tem 99,5% das crianças de 6 a 10 anos frequentes em escolas

A SIS mostrou que, por faixas de idade, a frequência escolar bruta no estado foi de 99,5% entre as crianças de 6 a 10 anos. Dos 11 aos 14 anos, 99,9% dos estudantes estudavam em estabelecimento de ensino. A média de 6 a 14 anos ficou em 99,7%.

Número de estudantes da rede privada no Tocantins é menos da metade do que em Palmas

Em relação ao tipo de rede administrativa dos estabelecimentos de ensino no estado, foi verificado que 91,4% frequentavam a rede pública, enquanto apenas 8,6% desenvolviam os estudos na rede privada. Exclusivamente na capital, foi visto um número mais de duas vezes maior que isso de estudantes em instituições particulares de ensino, sendo 20,7% na ocasião, ante 79,3% da rede pública.

A rede privada é minoria em todos os níveis de ensino até chegar aos estudantes de nível superior, quando 60,3% frequentavam a rede privada, enquanto 39,7% estavam em faculdades públicas. Para se ter uma ideia da inversão, os níveis de ensino até chegar à faculdade contavam com mais de 90% dos estudantes frequentando instituições públicas.

Tocantinenses estudaram, em média, 12 anos

A média de anos de estudo das pessoas entre 18 e 25 anos foi de 12,0 anos no Tocantins, ou seja, 74% dos tocantinenses cumpriram no mínimo esse tempo estudando. Nacionalmente, esse valor é um pouco menor, sendo 11,9 anos de estudo médio.

Já o analfabetismo no Tocantins continua maior que a média nacional. O estado teve a 2ª maior taxa da região norte, sendo 6,6% da população de 15 anos ou mais de idade nesta condição, contra 5,3% do quantitativo encontrado no Brasil.

Tocantins registrou 79 mil ‘NENOS’ em 2024

A SIS também investigou sobre o número de jovens de 15 a 29 anos que nem trabalhavam e nem estudavam, os conhecidos como ‘NENOS’. No estado, 79 mil pessoas estavam nessa condição. Os que só estudavam eram 100 mil pessoas e os que apenas estavam ocupados foram 167 mil. Os jovens que estudavam e trabalhavam eram 54 mil em 2024.

Taxa de desocupação de 5,5% no Tocantins é a menor da série histórica

Com início da contagem em 2012, o estado do Tocantins atingiu o menor valor de desocupação de sua história, sendo 5,5% no ano de 2024. No mesmo período, o nível de ocupação foi de 60,3%, enquanto a taxa de formalização teve o índice de 44,5% no período. Na ocasião, 754 mil pessoas estavam ocupadas, enquanto 44 mil estavam desocupadas.

De acordo com a SIS, o rendimento médio real do trabalho principal no estado foi de R$ 2.671, enquanto a soma de todos os trabalhos das pessoas teve como média o valor de R$ 2.788. Em relação ao cálculo de rendimento-hora nesses casos, o trabalho principal rendia R$ 16,8 a cada hora trabalhada, enquanto a soma de todos os trabalhos era um pouco maior, R$ 16,9.