Vereador Carlos Amastha - Foto: Fernando Lucas
Vereador Carlos Amastha - Foto: Fernando Lucas

Durante a sessão ordinária dessa quinta-feira, 6, na Câmara Municipal de Palmas, o vereador Carlos Amastha (PSB)voltou a cobrar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um montante superior a R$ 200 milhões em despesas registradas como exercícios anteriores, que teriam sido deixadas pela gestão da ex-prefeita Cinthia Ribeiro. Segundo o parlamentar, esses valores não foram devidamente contabilizados, o que levanta dúvidas sobre sua origem e legalidade.

A proposta de CPI já havia sido mencionada por Amastha anteriormente, mas, diante da magnitude dos números, ele defende que a investigação seja ampliada. “Precisamos entender o que aconteceu com esse dinheiro. Esses valores apareceram nas contas da prefeitura como despesas de exercícios anteriores, mas não sabemos se realmente são devidos. O mais adequado seria instaurar uma CPI para apurar todos os detalhes”, afirmou.

Além de questionar a transparência desses gastos, o vereador pede que a Prefeitura suspenda qualquer pagamento até que a legalidade das despesas seja comprovada. Ele ressaltou que, na administração pública, nenhum valor pode ser gasto sem estar devidamente previsto no orçamento. “A Prefeitura de Palmas não é uma empresa privada. Ela administra o dinheiro de mais de 330 mil habitantes e tem a obrigação de aplicá-lo de forma responsável e transparente”, disse.

Amastha solicitou que o líder do governo na Câmara, vereador Walter Viana (PRD), interfira junto à atual gestão para garantir que nenhum pagamento relacionado a essas despesas seja feito até que a apuração seja concluída. Entre os valores questionados, estão serviços de limpeza pública, asfaltamento e coleta de lixo, vinculados à Secretaria de Infraestrutura. O vereador apontou que os responsáveis pelos pagamentos na gestão anterior continuam à frente da pasta. “Precisamos de respostas antes de qualquer liberação de recursos”, destacou.

Amastha reforçou que nenhuma dívida deve ser reconhecida sem uma investigação detalhada. “Esse é um caso sério e precisa ser tratado com responsabilidade. Transparência na aplicação do dinheiro público é o mínimo que a população espera”.

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins