
2025 foi um ano que colocou a política tocantinense diante do espelho. Um ano menos confortável, mais exigente, em que discursos prontos não sustentaram silêncios estratégicos, e gestos, ou a ausência deles, falaram mais alto do que qualquer narrativa ensaiada.
Foi um período em que o Tocantins precisou, em vários momentos, provar que a grandeza de sua gente, de sua história e de seu projeto coletivo está acima de interesses pessoais, vaidades momentâneas e disputas pequenas. E nem todos passaram por esse teste com maturidade.
A política de 2025 foi, sobretudo, um ano de gestos. Gestos de responsabilidade e também de omissão. Gestos de lealdade e, em alguns casos, de abandono. Gestos que revelaram quem compreende o tamanho do Estado que representa e quem ainda enxerga a política apenas como um instrumento de conveniência pessoal.
Ficou claro que não existe política sólida sem lealdade institucional. A falta dela expôs fragilidades, rachaduras e comportamentos que ainda precisam evoluir. Lealdade aqui não se confunde com submissão, mas com compromisso: com a palavra dada, com o projeto coletivo, com a estabilidade institucional e, sobretudo, com a população.
2025 também foi um ano em que o Tocantins precisou de respostas — rápidas, firmes e responsáveis. E o registro histórico é honesto: algumas vieram, outras não. Em certos momentos, o silêncio falou mais alto do que qualquer pronunciamento. Em outros, a ausência de posicionamento revelou despreparo para lidar com a complexidade que governar exige.
Do ponto de vista jornalístico, foi um ano decisivo para observar comportamentos, atitudes e coerências. A política não se mede apenas no período eleitoral; ela se revela no cotidiano, na capacidade de enfrentar crises, de construir pontes e de assumir responsabilidades. 2025 ofereceu ao eleitor atento um verdadeiro mapa de leitura para começar a analisar quem, de fato, está preparado para 2026 e quem apenas ensaia protagonismo.
O Tocantins entra em 2026 precisando aprofundar seu processo de amadurecimento político. Isso exige que cada ator público tenha consciência de que o Estado é maior do que qualquer projeto individual. Que cargos passam, mas as consequências das decisões ficam. Que nenhuma vaidade pessoal pode ou deve estar acima dos interesses coletivos.
O desafio que se impõe é claro: menos política de sobrevivência e mais política de grandeza. Menos cálculo pessoal e mais responsabilidade histórica. O Tocantins precisa de líderes que entendam que governar é servir, que representar é assumir riscos e que maturidade política não se proclama — se demonstra.
2025 ensinou. Cabe agora ao Tocantins, e especialmente aos seus políticos, provar que aprendeu.