
O Ministério da Agricultura descartou uma suspeita de gripe aviária em granja comercial na cidade de Aguiarnópolis, no Tocantins. Conforme divulgado no painel disponibilizado pelo site do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nesta quarta-feira, 28. O caso estava sob investigação relacionada às amostras coletadas em aves comerciais no município.
É preciso ressaltar que os profissionais da instituição agiram rápido e, em menos de 48 horas, havia sido divulgado o primeiro resultado preliminar descartando a gripe aviária de alta patogenicidade. Isso confirma que o trabalho de eficiência de prevenção da Agência começa na origem: na propriedade rural. Na sequência, segue na inspeção e na fiscalização dos abatedouros, até chegar à mesa do consumidor com segurança.
A instituição informa ainda que, assim que chegar o laudo final, finalizará os protocolos: desinterdição da propriedade de origem das aves e liberação das carcaças, que haviam sido sequestradas no abatedouro.
Embora tenha dado negativo, as ações rotineiras de prevenção continuam sendo realizadas: vigilâncias ativas, orientações aos produtores rurais, estudos realizados periodicamente para comprovar a ausência viral da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) e da doença de Newcastle, além da inspeção e da fiscalização diárias na indústria.
Casos de gripe aviária
No site do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) há ainda uma suspeita de caso em granja comercial, em Anta Gorda (RS), que segue em investigação.
No domingo, o Ministério já havia descartado uma outra suspeita em granja comercial, em Ipumirim (SC).
O único foco de gripe aviária em granja comercial, identificado em Montenegro (RS), foi encerrado no sábado (25), segundo o ministério. A ocorrência causou suspensões de importação do frango do Brasil por vários países.
⚠️ A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos, disse o Ministério da Agricultura. O Brasil nunca teve um caso de gripe aviária em humanos.
Brasil está livre da gripe aviária?
O Brasil só poderá se declarar livre gripe aviária se não registrar nenhum caso confirmado da doença em granja comercial até o dia 18 de junho.
Esse prazo corresponde aos 28 dias que começaram a ser contados em 22 de maio, um dia depois da desinfecção total da granja de Montenegro.
Esse prazo é chamado de vazio sanitário e corresponde ao ciclo do vírus H5N1.
Segundo o governo, esse é um tempo essencial para garantir que não haja vestígios do vírus no ambiente antes da retomada das atividades na granja. Isso contribuirá para a contenção da doença e a segurança sanitária da avicultura na região.
A partir do dia 18 de junho — se não houver novos casos —, o governo vai começar a negociar com os países a reabertura das exportações.
Nem todos eles suspenderam as compras de frango de todo o Brasil. Veja lista completa.
A China, que é a principal compradora do Brasil, bloqueou o país todo, mas o governo tenta negociar uma regionalização.
Já os Emirados Árabes Unidos e o Japão — segundo e terceiro maiores compradores — suspenderam apenas o município de Montenegro e, neste caso, o impacto é pequeno.
Isso porque há apenas um frigorífico que exporta frango no município e ele fica fora do raio de 10 km do foco da doença, afirma o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Marcel Moreira.
Já o quarto maior cliente do Brasil, a Arábia Saudita, havia suspendido, inicialmente, as compras de Montenegro, mas ampliou o embargo para todo o Rio Grande do Sul.
Fonte: g1 Tocantins