No Palácio, Wanderlei fala de situações e diz que gestão interina de Laurez só deu prejuízo para o Estado: “Eles interromperam, mas não deram conta do recado”

O governador Wanderlei Barbosa fez discurso em tom de desabafo no lançamento do programa de cartão alimentação. O evento lotou o auditório e contou com presença de vários deputados aliados.

O discurso dele chamou atenção. 

O Cartão 

“Nós estamos efetivando os cartões hoje, entregando os cartões para o prefeito começar a beneficiar essas famílias. Esse programa foi lançado em julho, mas todo mundo acompanhou a descontinuidade do governo por três meses e dois dias, que foram prejudiciais à saúde financeira, à saúde administrativa, à saúde social do nosso estado. Todo mundo viu isso!. E o resultado do final desse processo na justiça, todo mundo percebeu que tem coisas diferentes por trás”, disse.

Respeito ás decisões 

“Então eu respeito as decisões judiciais, eu respeito as investigações, mas precisam respeitar também a decisão da Suprema Corte desse país, que deu uma decisão unânime a nosso favor. Então nós continuaremos o nosso trabalho. Continuaremos o nosso trabalho da maneira que vínhamos fazendo”, disse.

Impactos da descontinuidade 

Wanderlei falou da descontinuidade dos serviços e obras e lamentou: “Com fé em Deus, entregaremos esse estado muito, muito melhor do que recebemos: com estradas melhores, com hospitais melhores. Tivemos agora a paralisação de 100 obras de educação, reforma, ampliação e novas escolas. Basta ir aqui no Luzimangues, ali nós estamos fazendo duas escolas, uma reforma total da Escola Beira Rio e uma nova escola que nós estamos fazendo. Parou! Parou essa obra, da mesma forma que parou a escola profissionalizante, o antigo CAIC. Passem lá hoje: os últimos três meses não deixaram colocar um tijolo numa escola. Se nós temos limite constitucional estabelecido para gasto com educação, precisava atingir. Como se atinge? Valorizando, melhorando o salário do professor. Como se atinge os 25%? Fazendo novas escolas, melhores escolas. Como se atinge os 25%? Com bons laboratórios, com um refeitório que venha atender os nossos alunos, a valorização profissional que eu falei.

E paralisou tudo, infelizmente. Eu não sei quais foram as razões que levaram a parar as obras, obras tão importantes, Cirurgias eletivas, não cuidar direito dos hospitais, e isso trouxe um prejuízo de todas as formas para o nosso governo”, afirmou.

“Então nós precisamos… estamos retomando, colocando o estado nos trilhos. Queremos fazer novas rodovias, queremos fazer novas escolas, estamos fazendo o Hospital da Mulher, melhorando o HGP, o hospital de Augustinópolis da mesma forma, mas parou os últimos três meses”, disse.

Críticas ao governo interino 

Wanderlei afirmou ainda: “ficavam inaugurando o que estava pronto, que nós fizemos, sem dar procedimento daquilo que poderia dar procedimento. Isso é muito triste. Quando eu vejo tirarem programas, um programa como o Jovem Trabalhador. Tá ruim o programa? ‘Olha, está recebendo pouco’. Aperfeiçoa, chama o empresário, agasalha. Porque nós estamos no ano que antecede a eleição. Se nós não tivermos esse programa alinhado até dia 31, esse programa não vai acontecer o ano que vem.

São mais quase 3.000 jovens que serão prejudicados, prejudicadas. São mais de 2.600 jovens, 2.600 famílias que terão prejuízo em torno de quase R$ 700. Ah, está ruim? Tá bom, já fizeram denúncia de mim de tudo, façam mais essa, mas não acabem com um programa que atende 2.600 jovens. Isso não pode fazer”, pontuou.

O governador foi além: “O governo interino não percebeu que era interino. Governo interino é interino, ele sabe que ele pode ficar e pode sair. E eles saíram dando prejuízo para o Estado. Isso incomodou a sociedade tocantinense que clamava pelo nosso retorno, porque viu que o interino era um interino para tudo, inclusive, era um interino prejudicando um governo que estava dando certo, com quase 80% de aprovação. Portanto, fica aqui a minha tristeza nesse aspecto. Fica a minha, o meu incômodo de saber que eles prejudicaram esses jovens. Olha, eles não tinham sequer dotação orçamentária para mudar o programa”, disse.

Perspectivas para 2026

No final Wanderlei chegou a dizer: “Nós vamos fazer um trabalho o ano que vem da maneira que vínhamos fazendo. Eles interromperam, mas não deram conta do recado. Não fizeram nada que deixasse uma boa lembrança, mas nós vamos fazer eles ficarem menos lembrados ainda. Se eles não foram lembrados até aqui, e eu vi uma pesquisa nacional que o governo interino deste estado foi o quinto mais reprovado na pesquisa no Brasil, e se depender de mim, eles serão o último, porque não trabalham para o povo, não fizeram aquilo que deveriam fazer”, disse.