
Palmas voltou a registrar queda no custo da alimentação em novembro e consolidou a quarta deflação consecutiva da cesta básica na capital. De acordo com levantamento do Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (NAEPE), o preço médio caiu 0,32% no mês, recuando de R$ 664,39 em outubro para R$ 662,29 em novembro. Com o novo resultado, o acumulado de 2025 chega a –3,97%.
Apesar da queda geral, alguns alimentos apresentaram alta expressiva e pressionaram parcialmente o índice: banana (11%), açúcar cristal (4,9%), carne bovina (3,6%) e pão francês (1,1%). Ainda assim, o comportamento do grupo de hortifrutigranjeiros e derivados, aliado à estabilidade de itens essenciais, garantiu mais um mês de alívio no orçamento do consumidor palmense.
O impacto direto no poder de compra também foi relevante. Com base no valor médio da cesta, o salário mínimo necessário calculado pelo NAEPE ficou estimado em R$ 5.563,90. Já a quantidade de horas de trabalho que um trabalhador remunerado com salário mínimo precisa para adquirir uma cesta caiu para 96 horas em novembro — uma redução consistente frente aos meses anteriores.
Para o diretor-geral do NAEPE, o economista Autenir de Rezende, o resultado reforça a tendência de desaceleração dos preços de alimentos em geral, mesmo diante das oscilações climáticas e do mercado internacional. “A quarta deflação seguida mostra que a cadeia de abastecimento está se reorganizando e que alguns dos choques recentes perderam força.
Contudo, a cunjuntura volta a ser tensionada pelo cenário festivo do fim do ano, que tende a pressionar os preços pela alta da demanda, e por novos agudos ambientais, que podem comprometer a oferta futura de alimentos. Com o resultado de novembro, Palmas mantém-se entre as capitais com maior queda nos preços da alimentação básica no segundo semestre de 2025.
Naepe-IFTO Os resultados completos desta e de outras pesquisas desenvolvidas pelo NAEPE podem ser acessados no site (naepepesquisas.com) ou na rede social do Núcleo (@naepe.pesquisas). A pesquisa do NAEPE conta com o apoio do Ministério Público (MPTO), da Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPTO) e do Conselho Regional de Economia (Corecon-TO).