Prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira - Foto: Flavio Cavalera
Prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira - Foto: Flavio Cavalera

O prefeito de Palmas Eduardo Siqueira Campos comemorou seu retorno ao cargo por decisão do ministro Cristiano Zanin do STF.

“ESTOU DE VOLTA A PREFEITURA ONDE O POVO DE PALMAS ME COLOCOU. O trabalho será dobrado. Afinal, até um novo coração eu tenho! Nele, não cabe outra coisa senão serenidade, gratidão e compromisso com Palmas, a cidade que meu pai fundou! Obrigado por estarem comigo até aqui. Vamos juntos!!!”, avisou.

Aliados e população comemoram o retorno do prefeito.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin concedeu a liberdade ao prefeito e o retorno dele ao cargo na noite desta quinta-feira, 17.

Eduardo Siqueira Campos estava preso desde o dia 27 de junho.

A decisão é do ministro Cristiano Zanin. “ Vitória do Povo de Palmas”, disse o advogado Juvenal Klayber à Gazeta ao citar o trabalho de todos da banca de advogados.

O político é investigado em inquérito sobre vazamento de informações sigilosas no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O vice Carlos Eduardo Velozo está no comando da gestão interinamente e fez várias alterações e mudanças.

Eduardo chegou a sofrer um infarto na madrugada de terça-feira, 8, e precisou ser levado às pressas para o Hospital Geral de Palmas (HGP) quando passou por uma angioplastia seguindo para a prisão domiciliar em seguida.

Entenda prisão e afastamento

Eduardo Siqueira Campos foi preso pela Polícia Federal (PF) em nova fase da operação Sisamnes. Um advogado e um policial civil também foram alvos de prisão. Os mandados foram determinados pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e fazem parte do inquérito que apura supostos vazamentos de informações judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Conforme a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas STJ.

A Polícia Federal não especificou quais as suspeitas e indícios que levaram às prisões, ou a relação entre os três alvos. Informou apenas que essa nova fase busca aprofundar as investigações sobre a existência de uma organização criminosa responsável pelo vazamento sistemático de informações sigilosas, oriundas de investigações em curso no STJ, com impacto direto sobre operações da PF.

A defesa de Eduardo disse que em momento oportuno a verdade aparecerá e que tem provas suficientes de que o prefeito nada tem a ver com o que foi representado pela Polícia Federal. A Prefeitura de Palmas destacou no dia da operação que “as investigações não se relacionam com a atual gestão municipal”.

Segundo o STF, as prisões foram determinadas após representação da Polícia Federal e contaram com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Após a prisão de Eduardo Siqueira, o vice Carlos Velozo (Agir) assumiu a gestão da Prefeitura de Palmas como prefeito em exercício.

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins