
O Sindicato dos Policiais Penais do Tocantins (SINDIPPEN-TO) criticou a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) de executar a reestruturação do sistema prisional estadual sem diálogo e transparência com a categoria. Segundo comunicado enviado à imprensa, membros da diretoria do sindicato estão há dois dias na sede da Seciju em busca de detalhes sobre a proposta e seus impactos na carreira dos servidores, mas alegam que não são recebidos pela secretária Estelamaris Postal e que informações oficiais têm sido omitidas.
Para o presidente do sindicato, Wilton Angelis, as decisões recentes não têm levado em consideração a experiência dos profissionais que atuam nas unidades penais, gerando preocupação sobre possíveis retrocessos na função dos policiais penais e na segurança pública do estado. “Estamos diante de uma condução que desconsidera a experiência prática dos profissionais que atuam diariamente nas unidades. Isso pode causar retrocessos graves no sistema prisional”, afirmou Wilton.
Entre as reivindicações paralisadas estão a valorização da carreira e a elevação do cargo para nível superior. O sindicato denuncia que a Seciju encaminhou à Casa Civil apenas parte da documentação, e ainda de forma errada, travando o avanço da pauta. “Mandaram apenas parte da documentação, e ainda de maneira errada. Isso tem travado a elevação do nível superior. Essa postura é inadmissível”, declarou Angelis. Ele também relembrou perdas anteriores em projetos sobre indenização por periculosidade e insalubridade que, segundo a categoria, não receberam o tratamento diferenciado exigido para policiais penais.
Diante da falta de respostas e recusa de negociação, o SINDIPPEN-TO anunciou mobilização dos servidores em frente ao Palácio Araguaia e à sede da Seciju nos próximos dias. O grupo promete visitar unidades prisionais do estado para intensificar o protesto e exigir melhorias nas condições de trabalho, reconhecimento e evolução da carreira.
Durante sua fala à categoria, Wilton Angelis ressaltou que o sindicato deseja avanços reais e criticou o afastamento da secretaria: “O que está sendo feito não está de acordo com o que queremos para nossa categoria, para a evolução das nossas atividades e para a melhoria do sistema prisional. Nós iremos convocar e lutar pelos nossos direitos, pela evolução do sistema prisional e para o nosso nível superior.”
O que diz a Seciju
A Gazeta questionou a Seciju e aguarda posicionamento.