
A nova ponte sobre o Rio Tocantins, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), avança para sua etapa final e já tem 75% das obras concluídas. O projeto, financiado pelo Governo Federal com um investimento de R$ 171,1 milhões, promete restabelecer a conexão definitiva da rodovia com outras vias estratégicas da malha nacional, reativando o fluxo de transporte entre o Norte e o restante do país. A entrega está prevista para o final de 2025.
Engenharia de precisão
A construção utiliza o método de balanço sucessivo, técnica de alta complexidade aplicada em pontes de grandes vãos, especialmente em locais onde não é viável usar escoramentos tradicionais apoiados no solo. Nesse sistema, a estrutura é erguida de forma equilibrada a partir de pilares centrais, com a instalação progressiva de segmentos de concreto chamados aduelas.
Até setembro, o balanço da execução é expressivo:
- 24 fundações e 26 pilares concluídos;
- 45 vigas pré-moldadas prontas, que formarão o corpo principal da ponte;
- Cinco das nove lajes principais já concretadas;
- 20 das 60 aduelas em fase de acabamento, avançando de forma simétrica a partir dos pilares centrais.
As aduelas de disparo, que dão início à montagem dos balanços, foram finalizadas, e as equipes trabalham agora na continuidade do tabuleiro da ponte, que já começa a ganhar forma sobre o rio.
Com 630 metros de extensão e 19 metros de largura, a nova ponte foi projetada para suportar o tráfego intenso de veículos de carga e passeio que circulam pela BR-226. A estrutura contará com:
- Duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada;
- Dois acostamentos de 3 metros;
- Barreiras de proteção tipo New Jersey, que aumentam a segurança;
- Passeios laterais para pedestres, com guarda-corpos de ambos os lados.
O vão central da ponte terá 154 metros de comprimento livre, o que permitirá a passagem segura de embarcações de médio porte pelo Rio Tocantins.
Ligação estratégica para o país
A travessia entre Aguiarnópolis e Estreito é um ponto vital para o transporte de cargas e o escoamento da produção agroindustrial do Norte e Nordeste. Desde que a antiga ponte foi interditada, o tráfego passou a depender de rotas alternativas mais longas e onerosas.
Com a conclusão das obras, prevista para o fim deste ano, o Ministério dos Transportes estima que o trecho volte a receber intenso fluxo diário, reduzindo custos logísticos e melhorando o acesso rodoviário entre Tocantins, Maranhão, Pará e Piauí.