
A ponte sobre o Rio Araguaia, que liga os estados do Tocantins e Pará pelos municípios de Xambioá e São Geraldo, ainda não tem data definida para ser entregue à população. A estrutura sobre o Rio Araguaia, que integra a BR-153, depende agora da construção dos acessos — impedida por pendências de desapropriação no estado do Pará. A previsão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é que a entrega ocorra no segundo semestre de 2025, mas o cronograma segue indefinido.
Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a entrega deve acontecer no segundo semestre de 2025, mas a data certa não foi informada. Isso porque ainda será preciso concluir processos de desapropriação de moradores do lado do Pará.
No Tocantins, o DNIT informou que todos os processos foram concluídos no primeiro semestre deste ano. Mas no estado vizinho ainda vão ocorrer as primeiras audiências de conciliação, agendadas para os dias 6 e 7 de agosto deste ano.
O contrato para a obra da ponte foi assinado em 2017, no governo Temer. Nesse período, o custo da estrutura saltou de R$ 132 milhões para R$ 204,2 milhões, sem contar os R$ 28,6 milhões que devem ser investidos apenas nos acessos.
A travessia entre os dois estados faz parte da BR-153 e deveria ter sido entregue há mais de dois anos. Quem avista a estrutura de longe vê a ponte quase pronta. Os acessos serão construídos do km 151,56 da rodovia ao km 151,87 do lado do Pará, e do km 1,20 ao km 2,90 do lado do Tocantins.
Travessia
Enquanto a ponte não é liberada, a travessia do Rio Araguaia segue sendo feita por balsas, que enfrentam dificuldades operacionais. O incidente desta semana com a balsa acentuou o congestionamento nos dois lados da travessia. A Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins abriu inquérito para apurar o acidente e a liberação da embarcação só deve ocorrer após 90 dias, prazo máximo para conclusão da investigação.
A Marinha do Brasil reafirmou seu compromisso com a segurança da navegação e exigiu da empresa a apresentação de um Certificado de Segurança da Navegação (CSN) para comprovar que a embarcação está apta a voltar a operar.
Expectativa de entrega
Apesar dos atrasos e dos custos elevados, o DNIT informou que está empenhado na conclusão da obra e reforçou que a ponte deve ser funcional ainda este ano. A estrutura é estratégica para o escoamento da produção agrícola e para a integração logística entre os dois estados. A população, no entanto, segue aguardando o desfecho de mais um capítulo de uma obra que já ultrapassou prazos, valores e paciência.
Íntegra da nota do DNIT
O DNIT informa que a obra em questão se refere à ponte rodoviária sobre o Rio Araguaia, localizada na rodovia BR-153/PA/TO, entre as cidades de Xambioá/TO e São Geraldo/PA. Em 2023, o DNIT contratou os serviços de encabeçamento da ponte. Desde então, estão em curso os processos de desapropriação necessários, conduzidos por meio de conciliações judiciais.
As desapropriações no lado do estado do Tocantins foram concluídas no primeiro semestre de 2025. No lado do estado do Pará, as primeiras audiências de conciliação estão agendadas para os dias 6 e 7 de agosto deste ano.
O DNIT reforça que está empenhado na conclusão das obras e trabalha para garantir a funcionalidade da ponte ainda em 2025.
Íntegra da nota da Pipes
A *PIPES*, empresa responsável pela travessia de balsas, informa que, infelizmente, houve uma falha mecânica em uma de nossas embarcações. Segue o relato detalhado do ocorrido:
1. *Problema Técnico no Rebocador*:
A correia do motor do rebocador rompeu, causando danos à hélice do radiador. Diante disso, a empresa imediatamente deslocou outro rebocador para realizar o socorro da embarcação.
2. *Incidente com a Balsa*:
A balsa estava carregada com ônibus e caminhões. A altura dos caminhões, somada aos ventos fortes registrados no momento, acabou empurrando a balsa contra um dos pilares da ponte antes que o auxílio chegasse ao local.
3. *Impacto no Pilar da Ponte*:
Após inspeções preliminares, foi constatado que *não houve avarias no pilar da ponte*, garantindo sua integridade estrutural. Ressaltamos, no entanto, que o canal de navegação, localizado próximo à ponte, é o único disponível e, devido à estiagem, está cada dia mais estreito, aumentando os desafios operacionais.
4. *Medidas Tomadas pelas Autoridades*:
Em razão do ocorrido, o Capitão dos Portos de Palmas – TO determinou a retirada da embarcação de tráfego até a conclusão da perícia. Essa decisão gerou um *congestionamento significativo nas cidades envolvidas*, o que lamentamos profundamente.
5. *Compromisso com a Qualidade*:
A *PIPES* reafirma seu compromisso com a segurança e a qualidade na prestação de seus serviços. Trabalhamos continuamente para evitar falhas como esta, mas, infelizmente, imprevistos podem ocorrer em operações tão complexas.
Pedimos desculpas pelos transtornos causados e estamos empenhados em resolver a situação o mais breve possível, garantindo a continuidade dos serviços de travessia com a excelência que sempre buscamos.
Íntegra da nota da Marinha
A Marinha do Brasil (MB), por meio da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins (CFAT), informa que tomou conhecimento, no dia 14 de julho, da colisão de uma balsa da empresa PIPES com a estrutura da ponte localizada na travessia Xambioá-TO / São Geraldo do Araguaia-PA, no rio Araguaia.
Diante do fato, a CFAT determinou o envio de uma equipe de peritos até o município de Xambioá, com a finalidade de realizar a perícia na embarcação e no local do ocorrido. O procedimento visa subsidiar a abertura de Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), conforme previsto em Norma da Autoridade Marítima (NORMAM-302), que versa sobre o assunto.
A referida perícia visa colher as provas testemunhal, pericial e documental na busca da causa determinante e demais circunstâncias relacionadas ao evento. O Inquérito deverá ser concluído, por meio de relatório circunstanciado, no prazo máximo de noventa dias.
Ademais, ressalta-se que, até o presente momento, a referida balsa foi retirada de tráfego, devendo ser apresentado pela empresa proprietária da embarcação um Certificado de Segurança da Navegação (CSN) válido, a fim de comprovar a manutenção das boas condições de estanqueidade das estruturas e equipamentos.
A Marinha do Brasil reafirma seu compromisso com a Segurança da Navegação, a Salvaguarda da Vida Humana e a prevenção da poluição hídrica em águas sob jurisdição nacional. A MB permanece à disposição da sociedade por meio do Disque Emergências Marítimas e Fluviais no número 185.
Fonte: g1 Tocantins