
Seis vítimas do grave acidente envolvendo estudantes universitários da Universidade Federal do Pará (UFPA) receberam alta hospitalar nesta quarta-feira, 17, após atendimento nos hospitais regionais de Gurupi e Alvorada, na região sul do Tocantins. A tragédia aconteceu na madrugada do mesmo dia, na BR-153, em Porangatu (GO), na divisa com o Tocantins.
O acidente envolveu uma carreta, um micro-ônibus e um ônibus que faziam parte de um comboio que transportava cerca de 170 estudantes da UFPA rumo a Goiânia, onde participariam do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a carreta teria invadido a contramão e colidido de frente com o primeiro ônibus da comitiva.
Ao todo, cinco pessoas morreram: o motorista da carreta (ainda não identificado), o condutor do micro-ônibus e três estudantes. As vítimas fatais foram identificadas como:
- Ademilson Militão de Oliveira – motorista do micro-ônibus, campus UFPA/Altamira
- Leandro Souza Dias – estudante de Farmácia, campus Belém
- Ana Letícia Araújo Cordeiro – estudante de Pedagogia, campus Belém
- Welfesom Campos Alves – estudante de Produção e Multimídia, campus Belém
A Universidade Federal do Pará decretou luto oficial de três dias e instalou um ponto de apoio com psicólogos e assistentes sociais para familiares dos estudantes no campus básico I, em Belém.
Situação dos feridos
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO), nove pacientes foram inicialmente atendidos nas unidades hospitalares estaduais. Desses, seis já receberam alta médica após melhora no quadro clínico.
Atualmente, três pessoas continuam internadas no estado:
- Um no Hospital Regional de Gurupi
- Dois no Hospital Geral de Palmas (HGP), ambos em estado grave e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com múltiplas fraturas e sem previsão de alta
Outras duas vítimas foram transferidas para hospitais em Goiás – Uruaçu e Goiânia.
Nota da SES
A SES reforçou que, de acordo com a Resolução nº 1.638/2002 do Conselho Federal de Medicina (CFM), não está autorizada a divulgar informações médicas específicas dos pacientes sem consentimento da família.
Comoção e repercussão
O governador em exercício de Goiás, Daniel Vilela, publicou uma nota lamentando o ocorrido:
“Manifesto minha solidariedade às famílias e amigos das vítimas — jovens e profissionais cujas vidas foram tragicamente interrompidas de forma tão precoce. Que encontrem amparo neste momento de profunda dor.”