Substituição do Projovem: Empresa se manifesta após anúncio do governo e diz que 1,6 mil jovens serão desligados 

Após o governo do Tocantins informar que vai lançar um novo programa de capacitação de adolescentes e jovens “substituindo” o Projovem Trabalhador a empresa Demá (também conhecida como Renapsi) se manifestou em nota.

Segundo a empresa, a gestão interrompeu o Programa Jovem Trabalhador, desligando mais de 1.600 jovens de forma imediata.

O governo estadual alegou inconsistências no contrato e chegou a encaminhar para órgãos de fiscalização. A empresa porém se defendeu: “É importante ressaltar que a Demà sempre cumpriu o contrato seguindo todas as regras acordadas e manteve o seu papel de forma transparente, ética e profissional. Sobre as inconsistências alegadas pelo Governo do Estado do Tocantins, a entidade esclarece que as tarefas eram de responsabilidade da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) e que não foram cumpridas de acordo com o combinado”, alega.

Veja a íntegra da nota da Demá enviada á Gazeta na noite de hoje:

A Demà, lamentavelmente, informa a todos que o Governo do Estado do Tocantins, por meio da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), interrompeu o Programa Jovem Trabalhador, desligando mais de 1.600 jovens de forma imediata.  A decisão foi comunicada oficialmente na tarde desta quinta-feira (27) e encerra a trajetória profissional de participantes, incluindo grávidas, PCDs, quilombolas, indígenas e adolescentes em vulnerabilidade social, interrompendo a qualificação e assistência que estava garantindo o primeiro emprego.

É importante ressaltar que a Demà sempre cumpriu o contrato seguindo todas as regras acordadas e manteve o seu papel de forma transparente, ética e profissional. Sobre as inconsistências alegadas pelo Governo do Estado do Tocantins, a entidade esclarece que as tarefas eram de responsabilidade da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) e que não foram cumpridas de acordo com o combinado.

O programa foi criado para romper ciclos de vulnerabilidade com formação técnica de dois anos, renda mensal e assistência social. Sua interrupção abrupta configura a quebra de um compromisso com a juventude tocantinense e o enfraquecimento de uma política pública essencial.

A Demà informa que buscará diálogo e apoio para que os jovens ativos possam concluir sua formação, garantindo dignidade e continuidade do aprendizado. O impacto social é agravado, pois a modalidade de contratação dos jovens impede a transferência dos participantes para outros programas.

O que diz o governo 

O anúncio do novo programa será feito pelo governador Laurez Moreira, no Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos no dia 1º.

O novo modelo foi desenvolvido para qualificar de forma mais completa os participantes, fortalecer a formação prática e assegurar maior controle sobre a execução contratual e o uso dos recursos públicos, segundo o Estado. 

A iniciativa contará com a parceria de instituições de referência na formação profissional, entre elas o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), afirma ainda o governo.

A gestão estadual argumenta ainda que o novo programa amplia o número de jovens atendidos e alcança mais municípios, com mecanismos robustos de monitoramento, transparência e prestação de contas, em alinhamento às novas ferramentas de integridade da Pasta.

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