
Restante da ponte entre Tocantins e Maranhão que ficou de pé foi implodido para que uma nova estrutura seja construída no local. Mais sete toneladas de concreto e ferro ainda devem ser retiradas.
Os trabalhos para retirada do entulho após a implosão do restante da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira continuam. Segundo o DNIT, das 14 mil toneladas de concreto e ferro, a metade já foi removida pelas máquinas. A previsão é que o serviço seja concluído até a primeira quinzena de março. A nova ponte deve ser entregue no final deste ano, conforme o Departamento.
O concreto retirado está sendo utilizado nos acessos provisórios construídos para que as equipes possam fazer o transporte do material e maquinário necessário para levantar a nova ponte. Enquanto a limpeza do local é realizada, técnicos trabalham na elaboração de projetos de engenharia e sondagem do solo.
Segundo o DNIT, os detritos não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas quando entram em contato com a água ou solo e que, após as obras, todo o material será destinado para local de descarte licenciado.
Para fazer a travessia de pedestres e veículos por bolsas, uma nova empresa foi contratada pelo Departamento. Serão disponibilizadas três balsas e quatro reboques para transporte de caminhões de carga e outras duas balsas e dois rebocadores para veículos menores e passageiros.
Implosão da ponte
Após o desabamento do vão, que aconteceu em dezembro de 2024, parte da ponte ficou de pé. Para que outra seja construída no local, foi necessária a implosão da estrutura remanescente. No dia 2 de fevereiro, 250 kg de explosivos foram acionados e derrubaram o que havia restado da Juscelino Kubitschek.
O engenheiro de minas, Manoel Jorge Diniz Dias, foi o responsável pela implosão da ponte. Os explosivos foram disparados por etapas, com uma diferença de milésimos de segundos. A implosão durou menos de 15 segundos.

No dia, casas foram evacuadas do lado do Tocantins e Maranhão. Conforme o engenheiro, a operação foi um sucesso e gerou baixas vibrações na barragem, ferrovia e casas próximas ao rio Tocantins.
A nova ponte deverá ser construída com 100 metros a mais de extensão que a anterior. O comprimento total da estrutura será de 630 metros, com um vão livre de 150 metros. Segundo o DNIT, as obras devem ser entregues até o dia 22 de dezembro deste ano.
Um consórcio foi contratado pelo Departamento para reconstrução da ponte, que ficará sob a responsabilidade das empresas: Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitadas. O valor total do contrato é de R$ 171.969.000.
Desabamento
O vão da ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. A estrutura fica entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). No momento da queda, duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões passavam pelo local. Três desses caminhões carregavam ácido sulfúrico e agrotóxicos.
Vítimas
Conforme a Marinha, 14 pessoas morreram e três ainda estão desaparecidas. Um homem de 36 anos foi o único sobrevivente na tragédia.
Veja quem são as vítimas:
Desaparecidos
- Salmon Alves Santos, 65 anos;
- Felipe Giuvannucci Ribeiro, 10 anos;
- Gessimar Ferreira, 38 anos.
Mortos
- Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos
- Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos
- Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos
- Ansio Padilha Soares, de 43 anos
- Silvana dos Santos Rocha, de 53 anos
- Andreia Maria de Sousa, de 45 anos
- Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos
- Alison Gomes Carneiro, de 57 anos
- Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos
- Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos
- Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos
- Beroaldo dos Santos, de 56 anos
- Alessandra do Socorro Ribeiro, 50 anos
- Marçon Gley Ferreira, de 42 anos
(Fonte: g1 Tocantins)