As Paralimpíadas acabaram oficialmente nesta manhã, no Estádio Olímpico de Tóquio. A cerimônia de encerramento no Japão aconteceu às 8h (horário de Brasília), e deu o pontapé inicial para Paris 2024, a próxima sede do maior evento esportivo do mundo. Com Daniel Dias como porta-bandeira do Brasil, e apresentações marcantes, a festa ficou marcada pela celebração da diversidade, da esperança e da inclusão.
Na abertura das Paralimpíadas, a cerimônia celebrou uma mensagem de inclusão com o tema “We have wings” (Nós temos asas, em português), e foi um espetáculo a parte, apesar de não ter contado com o público, por conta das restrições sanitárias devido a pandemia.
A cerimônia de encerramento, também sem público, começou com um show de luzes, cores e música. A união dos ritmos da música eletrônica, do ‘beatbox’, do violino, da guitarra e outros instrumentos, animaram o estádio. Após o encontro, dançarinos de break invadiram e roubaram a cena da apresentação.
O príncipe japonês Akishino e Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, iniciaram o protocolo cerimonial, logo após, a bandeira do Japão entrou com atletas renomados do país, além dos representantes dos serviços essenciais, como enfermeiros, e foi hasteada para ouvir o hino nacional japonês.
Com as bandeiras hasteadas, a festa começou com entrada das delegações dos países, com os porta-bandeiras. Os atletas do Afeganistão, que fugiram do país para competir, participaram do evento, e a presença foi festejada. Com pequenos espelhos, celebrando a diversidade e representatividade, os representantes dos países entraram e colocaram o objeto no modelo reproduzido da torre de Tóquio, a Sky Tree, um dos pontos turísticos.
O maior medalhista brasileiro, Daniel Dias, que se despediu nessa edição do esporte paralímpico, entrou com a bandeira do Brasil, representando o país, e emocionando uma nação inteira. A importância do atleta na história do esporte no país sempre será lembrada.
Depois das entradas dos porta-bandeiras, a festa continuou com a representação da construção de uma cidade, em alusão a Tóquio, feita de material reciclável. Os dançarinos e mascotes hastearam a torre Sky Tree, enquanto a cidade ia se formando, com os espelhos que os porta-bandeiras receberam e colocaram.
A cerimônia seguiu com a apresentação dos novos integrantes do Conselho Internacional de Atletas Paralímpicos, o brasileiro Daniel Dias fará parte da instituição. Além ter entregue as primeiras medalhas do prêmio “I’mPossible”, programa educacional desenvolvido para divulgar os valores paralímpicos e a visão do Movimento Paralímpico a jovens de todo o mundo.
O jogo de cores, luzes, projeções, com performances de diferentes músicos e dançarinos deram conta do recado no encerramento do show. As vestimentas originais, com muitas referências ao estilo de roupas dos japoneses, e cosplayers, contou com uma apresentação de percussão, terminando com fogos.
Na transição das sedes, Andrew Parsons entregou a bandeira do Comitê Paralímpico Internacional para a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, com a presença da governadora de Tóquio. A bandeira da França foi hasteada e contou com o hino nacional francês.
Após uma apresentação emocionante com 128 dançarinos, que terminou com o escrito “Paris 2024”, imagens diretas da cidade da França foram transmitidas, com uma grande celebração nas ruas, contando com performances acrobáticas e muito mais.
Perto do fim, a governadora de Tóquio fez um discurso de agradecimento, seguida de Andrew Parsons, que declarou o encerramento das Paralimpíadas de Tóquio.
A cerimônia terminou com um vídeo de melhores momentos das competições e uma belíssima apresentação de uma cantora japonesa, uma intérprete de sinais e um coral infantil, ao som de ‘What a wonderful world’, de Louis Armstrong, celebrando a esperança. Por fim, o estádio foi iluminado com muitos fogos de artifício, encerrando mais um ciclo paralímpico. A pira se apagou e acenderá novamente apenas em Paris, daqui três anos.
Fonte: UOL