A Justiça condenou 14 presos da Operação Hórus por tráfico de drogas nesta segunda-feira (4). A operação foi feita no final de 2016 pela Polícia Civil e levou 21 pessoas para a cadeia no Tocantins. O chefe da quadrilha, Antônio Gomes Boaventura, foi condenado a 25 anos de prisão. Conforme apurado pela polícia, o grupo movimentou cerca de quatro toneladas de drogas em um ano.
Os criminosos foram condenados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens. As sentenças foram dadas pelo juiz Luiz Zilmar dos Santos Pires, da 4ª Vara Criminal de Palmas. A soma das penas de todos os condenados é de 87 anos de prisão. Durante o julgamento, outros dois suspeitos foram absolvidos.
A operação Horus ocorreu no final de 2016. Ao todo, 59 mandados foram cumpridos no Tocantins e em mais três estados: Goiás, Sergipe e Bahia. Os suspeitos pertenciam a uma das maiores quadrilhas de narcotráfico da região, segundo a polícia.
Em uma gravação, Boaventura aparece negociando a compra de fuzis para a quadrilha. As investigações mostraram ele comandava o tráfico de dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).
Conforme o Tribunal de Justiça, o grupo foi mapeado a partir da prisão de Boaventura, em janeiro de 2016. Conhecido como Meu Rei, o homem tinha pelo menos mais seis apelidos no mundo do crime e era responsável pelo comando do grupo.
Esse foi outro ponto que chamou a atenção dos investigadores, pois a quadrilha tinha vários níveis de comando. Havia o setor financeiro, de compra, transporte, armazenamento, distribuição, vendas, armas até de cobranças.
As investigações apontaram que as drogas eram contrabandeadas de Goiás e distribuídas no Tocantins, Bahia e Sergipe. Durante a operação, drogas e armas foram encontradas dentro de tonéis em uma fazenda de Porto Nacional.
Fonte: G1 Tocantins