Anderson é o motorista do caminhão envolvido no acidente entre Natividade e Almas – Foto – TV Anhanguera/Divulgação
O motorista que conduzia o caminhão que bateu em uma van e causou 12 mortes na TO-280, prestou depoimento à Polícia Civil e confirmou que a tragédia aconteceu durante uma ultrapassagem. Anderson Oliveira dos Santos foi preso no final da manhã desta quinta-feira (26) e autuado por homicídio culposo.
O acidente aconteceu na TO-280 perto de Natividade, no sudeste do estado, por volta das 20h40 de quarta-feira (25). As vítimas que morreram estavam na van, que pertence à Secretaria de Saúde de Almas. Dois homens sobreviveram. Aristides Curcino dos Santos, 68 anos, e Suel Martins de Oliveira, de 36 anos, foram levados para hospitais de Natividade e Porto Nacional com fraturas. O idoso recebeu alta na tarde desta quinta-feira (26).
Conforme o depoimento, ele contou que saiu de Luiz Eduardo Magalhães (BA) e tinha como destino Belém (PA). Ele estava no caminhão com a esposa. O pai e o filho o acompanhavam durante a viagem, mas em outro caminhão.
Ele disse que uma carreta que estava à sua frente seguia com certa lentidão e, por isso, fez algumas manobras para tentar ultrapassar.
“Como a plataforma é grande e ele é muito largo […] ele vinha até no meio da pista e voltava. E eu querendo passar, eu botava na cara e ele ia e voltava”, disse.
O choque com a van aconteceu quando as duas carretas estavam no meio da pista, mas o veículo da frente conseguiu voltar para a mão correta e Anderson, não.
“Em questão de minutos ele voltou de vez. Eu estava atrás dele e me deparei com a van, no meio da pista”, contou o motorista.
Anderson também contou que depois da batida, os veículos começaram a liberar uma fumaça e ele desceu do caminhão para saber o que havia acontecido. “Tinha um senhor que estava em cima da van […], mas só que ele estava tonto. Eu não vi vítima nenhuma, porque a van estava toda enterrada no carro”. Um terceiro veículo surgiu e levou ele e a esposa para o hospital.
Depois do atendimento médico, ele fugiu do hospital. Equipes da Polícia Civil o encontraram na casa do advogado Felício Cordeiro. Segundo a defesa, ele se sentiu ameaçado, por isso deixou a unidade.
“Não tinha condições de permanecer lá devido às ameaças da tragédia que aconteceu. A gente lamenta pelos óbitos que ocorreu. Mas assim, foi um acidente de trabalho”, afirmou Cordeiro,
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Fonte – G1 Tocantins e TV Anhanguera