A principal causa das mortes das vítimas do acidente na TO-280, entre a van da Prefeitura de Almas e um caminhão, foi traumatismo craniano, de acordo um dos profissionais do Instituto Médico Legal que participou da identificação dos corpos.
O médico legista Wellisson Oliveira, informou que politraumatismos geralmente são comuns em acidentes de trânsito. “Em choque no caso da van com a carreta, isso gera politraumatismo. A maioria deles tiveram trauma crânioencefálico, que é causa de morte imediata”, explicou.
As equipes trabalharam por aproximadamente 13 horas direto e os corpos foram liberados até o início da tarde de quinta-feira, 26, para os procedimentos de velório e sepultamento.
Os trabalhos de identificação e reconhecimento foram concluídos às 12h40 de quinta-feira.
O acidente
O acidente aconteceu por volta das 20h40 dessa quarta-feira, 25, quando a van voltava para Almas após pacientes passarem por atendimento médico em Palmas. Testemunhas disseram à Polícia Militar que o caminhão teria tentado fazer uma ultrapassagem quando bateu de frente com a van que estava na faixa contrária.
De acordo com o Corpo de Bombeiros e a PM, um casal estava no caminhão. Eles foram levados para o hospital com ferimentos leves e liberados após atendimento.
Os bombeiros informaram que na van havia uma grande quantidade álcool etílico que estava sendo transportado para o hospital de Almas. Por isso, a retirada dos corpos precisou ser feita com muito cuidado.
O motorista foi localizado no final da manhã desta quinta-feira, 26, na casa de seu advogado em Natividade, e conduzido para a 98ª DP, para prestar depoimento.
A princípio, o Batalhão Rodoviário Estadual recebeu duas versões sobre o acidente, que devem ser esclarecidas pelo motorista.
A Prefeitura de Almas informou que deslocou equipes para o local do acidente e para o Instituto Médico Legal (IML) de Natividade, para acompanharem a liberação dos corpos, que foi finalizada no final da manhã.
O município informou, ainda, que está oferecendo todo suporte e apoio necessários aos familiares das vítimas e aos pacientes que estão hospitalizados.
Dois homens que estavam no veículo da Secretaria de Saúde de Almas sobreviveram: Aristides Curcino dos Santos, 68 anos, e Suel Martins de Oliveira, de 36 anos.
As vítimas são quatro homens, sete mulheres e um bebê. Todos são moradores de Almas, cidade que fica a cerca de 290 km da capital. Entre as vítimas fatais estão dois quilombolas, uma professora e servidores públicos da cidade. Os nomes informados pela prefeitura são:
Deliana Rodrigues dos Santos, 29 anos
Lucilene Ferreira Folha, 55 anos
Jailma Ramalho Costa, 20 anos
Antonia Fernandes Crisostomo, 58 anos
Emilena Pinto de Oliveira, 37 anos
Luciano Antônio de Almeida, 53 anos
Marcilene Aparecida de Andrade, 56 anos
Joaquim Pereira Valadares, 65 anos
Wesler Ferreira Folha, 31 anos
Jordana Guedes Dias, 21 anos
Rute Guedes Dias, bebê de 4 meses
João Batista de Oliveira, 68 anos