Prefeita Cinthia Ribeiro – Foto – Prefeitura de Palmas/Divulgação

Lucas Eurilio, Gazeta do Cerrado

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro expôs em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 2, números sobre o atual sistema de transporte na capital que está em transição.

“Encerramos a concessão. Uma concessão que foi por muito tempo questionada por muita gente. Por pessoas que detinham o conhecimento, por pessoas que não tinham tanto conhecimento assim, pelos usuários que pagavam e pagam por essa tarifa, e é exatamente essa discussão que hoje no Brasil acontece, o modelo de formatação tarifária, as pesquisas internas que nós temos, os documentos os quais passamos a ter acesso a partir de 2018, informações que inclusive a Agência de Transporte Coletivo de Palmas tem e esta a disposição de qualquer cidadão de Palmas, de qualquer profissional da imprensa, que queria se debruçar ainda mais sobre números, sobre detalhes de contrato e sobre o formato que foi gerido o transporte coletivo nesses mais de 30 anos”, disse.

Ela falou ainda: “Em particular, eu quero fazer alguns apontamentos que são importantes. Dr Fábio nos falou sobre o que foi apresentado à época ainda, e também bem recente ainda né, quando nós atravessávamos a Pandemia. O transporte público nos apresentou um suposto prejuízo em torno de R$ 21 milhões. Eu falei, Dr Fábio, nós temos aí pela frente um grande desafio. A Agência de Regulação de Palmas tem profissionais adequados para poder fazer todo o levantamento sobre se de fato, existe esse prejuízo presumido, não real. Porque a formatação do contrato quando nós assumidos, da herança que nos foi deixada, nos foi entregue, não nos permitia sequer fiscalizar. Durante muito tempo, a Prefeitura de Palmas não tinha acesso a bilhetagem eletrônica, ao controle do que as concessionárias faturavam, ganhavam”, comentou.

A gestora pontuou também: “Então tudo isso era desconhecido até mesmo pela própria gestão e respaldado por um contrato. Então, porque é necessário falar sobre isso? Desses supostos R$ 21 milhões de prejuízo, chegaram com 300 caixas de notas fiscais e documentos que foram entregues à Agência de Regulação. E pasmem, imaginavam que nós não tínhamos tempo, qualidade de corpo técnico pra poder nos debruçar em cima desses documentos. Foram glosadas mais de R$ 13 milhões dessas notas, ou seja, é algo que talvez, eu acredito que nunca tenha sido feito antes e de fato o suposto prejuízo que antes de R$ 21 milhões, deduz-se R$ 13 milhões, vocês veem que o prejuízo não é tão impactante assim como o apresentado”, afirmou.

Cutucada

“De lá pra cá, tanta coisa aconteceram. Outros prefeitos que me antecederam tiveram a mesma oportunidade que eu tive agora. Alguns preferiram ficar na zona de conforto. Pra quê enfrentar esse problema, que diga-se de passagem é um grande problema, em tantas outras cidades, em Palmas não é diferente, mas nós temos a oportunidade de fazermos as coisas de forma certa. Então não é simplesmente… eu não disputo nenhuma eleição daqui dois anos tá? Isso não é um projeto pessoal, profissional ou político de qualquer tipo de construção, mas é um projeto com a necessidade que está no apontamento de todas as pesquisas que foram realizadas em Palmas”, disse.

Insatisfação popular

“As pessoas questionam serviços de saúde? Sim. Índice de satisfação e insatisfação às vezes chega a 17 ou 18%. Reclamam da educação? Sim. Índice de insatisfação, às vezes bate na casa dos 10, 11, 12% . Serviços de infraestrutura, dependendo da época do ano o índice de insatisfação lá em cima, dependendo um pouco mais baixo. Agora acreditem, 92% da população de Palmas, até mesmo aqueles que não eram usuários do transporte público reclamavam e diziam que realmente era fim de linha, no que diz respeito sobre o que acontecia dentro da nossa cidade, disse.