Equipe Gazeta do Cerrado

Nesta quarta-feira, 23, três municípios do Tocantins comemoram aniversário. Paraíso e Monte do Carmo completam 56 anos. Santa Fé do Araguaia completa 28 anos de fundação.

Para comemorar, a Gazeta conta a história da criação dos três municípios:

Paraíso do Tocantins

Conforme a Prefeitura, o povoado nasceu com o surto da construção da Rodovia BR-14, hoje Belém- Brasília ou BR-153. Foi José Ribeiro Torres o seu fundador, quando para cá chegou em 1958. Instalou-se ao lado do acampamento da Companhia Nacional, empreiteira da construção da Rodovia. Motivados pela novidade e entusiasmo, a ele se reuniu um aglomerado de moradores. Foi a Lei Estadual nº 4.716, de 23 de outubro de 1963, que o emancipou politicamente, com o topônimo de Paraíso do Norte, desmembrando do Município de Pium.

Com a criação e implantação do Estado do Tocantins, o Decreto Legislativo nº 01/89, de 1º de janeiro de 1989, art. 4º, alterou o nome de Paraíso do Norte para Paraíso do Tocantins.

O nome Paraíso foi dado por Luzia de Melo Balthazar, esposa de Adjúlio Balthazar, que era o encarregado da Companhia Nacional, empresa que estava construindo a Rodovia Belém-Brasília. Ela se encantou com as belezas naturais da região, principalmente com os dois córregos de águas cristalinas (o Pernada e o Buriti), a Serra do Estrondo e a exuberância da vegetação típica do cerrado. Portanto, desde o início do povoado no final de 1958, as pessoas da região já se referiam ao local como Paraíso e a Lei No. 01 de 22 de fevereiro de 1963, que elevou o povoado à categoria de distrito, também serviu para oficializar esta denominação.

Desfile de Aniversário e Programação Esportiva

A programação seguirá na quarta-feira, às 7h, com o tradicional Desfile de Aniversário, que este ano terá o tema “A leitura e seus encantos”. O desfile acontecerá na Av. Bernardo Sayão (centro) e contará com a participação das escolas municipais, estaduais, federal e privadas, além de diversas entidades atuantes no município.

Finalizando a programação especial no dia do aniversário da cidade, acontecerá às 16h no Estádio Antônio Damião, no Setor Pouso Alegre, a grande final da Liga dos Campeões de Futebol, torneio que reuniu as principais equipes do futebol amador de Paraíso.

Municipio de Paraíso do Tocantins

História

Paraíso foi emancipada no dia 23 de outubro de 1963, desmembrada do município de Pium, com o nome de Paraíso do Norte de Goiás. Com a criação do Estado do Tocantins, o município mudou o nome para Paraíso do Tocantins.

Localizada às margens da BR – 153 (Belém/Brasília) e considerada a capital econômica da região do Vale do Araguaia, Paraíso é o portal de entrada do ecoturismo, com acesso ao Parque Estadual do Cantão e Ilha do Bananal. Hoje o município conta com uma população superior à 50 mil habitantes.

Paraíso do Tocantins – Divulgação

Monte do Carmo

Monte do Carmo – Divulgação

Segundo a Prefeitura, Monte do Carmo. É um município brasileiro do estado do Tocantins, a 89 quilômetros da capital do estado, Palmas. O município, com uma população estimada em seis mil habitantes, esta localizado na região central do estado, a uma altitude média de 295 m. Tem uma área total de 3.359,7 km² e uma densidade demográfica de 1.62 h/km². Monte do Carmo é um dos caminhos para o Jalapão e dispõe de rodovia asfaltada. A história de Monte do Carmo começa a partir do descobrimento das minas de ouro, na primeira metade do século XVIII. Prossegue em 1741 com a fundação do Arraial de Nossa Senhora do Carmo. Foi fundado pelo bandeirante Manuel de Sousa Ferreira, na confluência dos ribeirões: Matança hoje é córrego Água Suja (devido à lavagem do ouro), até o córrego Sucuri que abastece a cidade. Em 1836 deram-lhe o nome de arraial de Nossa Senhora do Carmo, 1911 foi denominado Carmo, em 1943 resolveram mudar para Tairuçu (palavra indígena), mas não durou muito, passou a se chamar Monte do Carmo em 1953.

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, localizada na Praça da Matriz no município de Monte do Carmo, foi tombada como Patrimônio Cultural do Estado do Tocantins, conforme publicação em Diário Oficial em ato inscrito em 25 de setembro de 2012, no Livro do Tombo Histórico e Etnológico e Livro do Tombo Arquitetônico, proporcionando valor histórico, arquitetônico e cultural à obra. A ação foi uma iniciativa da Secult – Secretaria de Estado da Cultura com o intuito de proteger, preservar e conservar este bem patrimonial do Tocantins.

O superintendente de Patrimônio Cultural da Secult, Antonio Miranda, explica que “a Igreja de Nossa Senhora do Carmo reúne aspectos e símbolos característicos da identidade cultural do Estado do Tocantins”.Ainda segundo Miranda, o tombamento teve início com abertura de processo no dia 2 de fevereiro deste ano, seguido de reuniões com a comunidade local e da continuidade do processo que se constituiu em um conjunto de documentos com fundamentação teórica que justificou o tombamento, seguindo metodologia básica de pesquisa, análise do bem cultural a ser protegido contendo as informações necessárias à identificação, conhecimento, localização e valorização do bem no seu contexto.

Construída em 1801, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo conserva as características da arquitetura colonial, lembrando muitos aspectos de algumas igrejas do interior de Minas Gerais, construídas antes do advento do modernismo, com influências coloniais, onde predomina a imponência da instituição sobre o contexto em que está inserida.

Com mais de 200 (duzentos) anos de existência, a igreja de Nossa Senhora do Carmo é um ponto de referência para a realização das manifestações culturais e religiosas do município, sendo motivo de orgulho do povo carmelitano. A igreja é ponto de partida e de encontro das folias ao Divino Espírito Santo, uma das maiores festas religiosas do município e do Estado do Tocantins. A Festa de São Sebastião e a Festa do Carmo, onde se comemora a padroeira, Nossa Senhora do Carmo, o Divino Espírito Santo e Nossa Senhora do Rosário, em julho, é realizada em frente ao prédio da igreja.

O que é tombamento? O tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público com o objetivo de preservar, por intermédio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.

Monte do Carmo – Foto – Lia Mara

Santa Fé do Araguaia

Santa Fé do Araguaia – Divulgação

Santa Fé do Araguaia, começou a sua história quando caçadores vieram a essa localidade e notaram que a região era propricia à agricultura e a criação de animais, pois observaram que a terra era bastante fértil e possuía rios em abundância. A ″Boa Nova″ se espalhou e despertou o interesse de romeiros em se estabelecer nessa promissora região.
Então por volta de 1960, o Sr. Manoel Borges, acompanhado do Sr. Matias, Sr. Antônio Jusuíno, Sr. Carmini, Sr. Alípio, Sr. João Paulo e Sr. Abrão, adentraram aquela região.

Nessa época não havia estrada, o acesso se dava primeiramente através de embarque no rio Muricizal que desaguava no rio Pacas, chegando, à predestinada região encantados com a beleza nativa começaram a preparar as suas moradias para mais tarde instalarem as suas famílias, originando o ″Centro do Manoel Borges″, mais tarde, devido à presença do Córrego São José, passou a denominar-se ″Povoado de São José″.

Com o passar dos tempos, alguns americanos, por volta de 1966 compraram uma fazenda de nome Novo Horizonte, e por isso foram abertas as estradas que davam acesso a esse local.

Em 1968, o povoado começou a ser visitado por padres que, ao lotarem o fervor com que as pessoas se identificaram na fé da religião Católica sugeriu que o povoado passasse a se chamar Santa Fé. Ficando assim eleita essa nova nomenclatura.

O então povoado foi evoluindo à abertura de novas estradas para inúmeras fazendas que iam surgindo e, assim Santa Fé foi crescendo com a chegada de dezenas de famílias goianas, mineiras, maranhenses, piauienses, cearenses etc.