Os orçamentos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) deverão ser reajustados após o Governo Federal anunciar o bloqueio de verbas para faculdades. Conforme o Ministério da Educação (MEC), 30%, equivalentes a R$ 13 milhões, do dinheiro destinado às universidades federais dexarão de ser investidos.
A informação foi confirmada pela Diretoria de Comunicação da UFT. A mudança deve afetar não apenas alunos, mas professores que estão preocupados com o anúncio da medida. Ao todo, as instituições de ensino (UFT e IFTO) possuem mais de 20 pólos em todo o Tocantins.
Somente a UFT, está em seis cidades além de Palmas e atende aproximadamente 18 mil alunos em 60 cursos de graduação, mestrados e doutorados.
Várias áreas serão afetadas com a mudança, como por exemplo, o pagamento de diárias, viagens e desenvolvimento de projetos acadêmidos. As obras que estão paradas podem demorar ainda mais para serem concluídas.
O reitor da UFT, Luís Eduardo Bovolato disse que tem diminuído os gastos por conta de cortes há três anos. “Isso irá nos obrigar a fazer severos ajustes. Espero que isso não comprometa, por exemplo, o quadro de professores e técnicos, porque o impacto do orçamento ainda não chegou em folha, mas é uma situação bastante preocupante”, disse.
Para Guilherme Gandara, estudante de Jornalismo da UFT, disse que a medida pode atrapalhar o desempenho dos acadêmicos. “A gente já tem dentro da universidade algumas deficiências. A questão dos auxílios, das bolsas. Eu acredito que a gente está afundando cada vez mais”, reclamou.
“Lamentavelmente o governo nos colocar nessa condição. Não há como pensar em soberania nacional sem investir em conhecimento”, disse o reitor Bovolato.
Ministério da Educação sobre o assunto
O Ministério da Educação (Mec) informou que o critério utilizado para o bloqueio de dotação orçamentária foi “operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos, em decorrência da restrição orçamentária imposta a toda Administração Pública Federal por meio do Decreto n° 9.741, de 28 de março de 2019”.
Segundo o Mec, “o bloqueio decorre da necessidade do Governo Federal se adequar ao LRF. O bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas”.
Disse ainda que bloqueio pode ser revisto pelos Ministérios da Economia e Casa Civil. “Cabe, ainda, destacar que, até o momento, todas as universidades e institutos já tiveram 40% do seu orçamento liberado para empenho”.
*Com informações do G1 Tocantins
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