Texto: Nielcem Fernandes
Edição: Brener Nunes
Em entrevista à Gazeta do Cerrado nessa terça-feira, 19, sobre o aumento do preço das refeições do restaurante universitário (RU), o pró-reitor de Assuntos Estudantis (Proest) da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Kherlley Barbosa, conta que, durante assembleia com o Centro Acadêmicos no último dia 11, foi proposto um aumento de R$ 1 (um real). “Para aqueles que pagam hoje R$ 2,50 na refeição que nos custa R$ 10,48 nós propomos um aumento gradativo de R$ 1 até agosto de 2018”, explicou.
O pró-reitor ainda disse que foi estipulado um prazo até dia 10 de outubro para que os centros acadêmicos possam discutir com suas bases para retomar a discussão. A Proest afirmou que vai realizar Assembleias para explicar esse aumento no campus de Gurupi, Araguaína e Porto Nacional que são equipados com os RUs antes da tomada das discussões em Palmas.
Segundo Kherlley , o recurso utilizado para a contratação da empresa que fornece a alimentação aos acadêmicos é oriundo do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) do Ministério da Educação e Cultura (MEC), destinado prioritariamente para os estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica com renda per capta familiar igual ou inferior à um salário mínimo e meio, o que corresponde a cerca de R$ 1.400. “Esse programa é destinado para estudantes, mas com prioridade aos estudantes de baixa renda. Nas cidades que não tem RU, eles não estavam sendo atendidos”, declarou.
Para sanar essa deficiência, o pró-reitor afirmou que a UFT criou o auxílio para alimentação dos estudantes que se enquadram nas condições de vulnerabilidade social. “Esse auxilio para o ano de 2018 vai contar com pouco mais de R$ 2 milhões de reais. Como não virá recuso extra destinado a alimentação, será necessário um aumento para os estudantes não vulneráveis. Mais de 60% do recurso utilizado na alimentação nos Rus cobre a alimentação dos estudantes não vulneráveis. Na realidade nos estamos gastando mais com os estudantes fora da situação da vulnerabilidade socioeconômica”, explicou.
O estudante de Direito e candidato a presidência do Diretório Central dos Estudantes (DCE) no campus de Palmas, Lucas Carvalho, participou da discussão e lembrou que o contrato com a empresa que fornece a alimentação nos RUs, foi prorrogado por mais um ano para que não haja prejuízos aos estudantes durante o processo licitatório que vai contratar novo fornecedor. O acadêmico declarou sua posição a respeito do assunto “ a partir do momento que os motivos do aumento sejam explicitados, que haja transparência no processo e a coletividade da UFT ache vantajosa, sou a favor sim de que isso seja discutido, prezando também pela proteção aos estudantes em situação de vulnerabilidade social. Sem a observância desses fatores, sou irredutivelmente contra o aumento”, protesta.