Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Faltando apenas um dia para completar uma ano do assassinato do ex-prefeito de Miracema, Moisés da Sercon a Gazeta procurou na manhã desta quinta-feira, 28, o irmão do ex-gestor, José Luís da Sercon.

José Luís contou a nossa equipe que mesmo depois de um ano ainda espera espantas da polícia civil. “Ainda aguardamos. Acredito na Polícia daqui”, afirmou.

“Eles devem estar com alguma dificuldade de pessoal ou de equipamentos. Ou dentro da proporia secretaria de segurança”, disse.

Nessa quarta-feira, 28, a Polícia informou à Gazeta que as apurações serão reforçadas devido ao fortalecimento tanto da equipe de investigação quanto dos trabalhos de inteligência.

José também deixou claro que mesmo ainda aguardando respostas da polícia, a família optou por contratar investigadores particulares. “Não podíamos ficar parados, mas mesmo assim ainda não temos nenhuma informação”, esclareceu.

Dor

Sobre o sentimento de dor da perda do irmão, José Luís diz que é triste e extremante doloroso. “Quando acordo 3 horas da manhã e a primeira pessoa que lembro é dele”, revelou emocionado.

“Ele era uma pessoa incrível, trabalhava desde os sete anos. Era exemplar tanto como empresário como prefeito. É uma perda irreparável”, disse à Gazeta.

Moisés da Sercon, como era conhecido, foi assassinado com um tiro na cabeça dentro da própria caminhonete. O carro foi encontrado em uma estrada vicinal entre os municípios vizinhos de Miranorte e Rio dos Bois, também na região central.

Na época do crime a polícia descartou a hipótese de suicídio após o laudo da perícia, mas até hoje nenhum suspeito foi apontado. A família fez uma passeata e esteve na sede da SSP, em Palmas, cobrando agilidade nas investigações. Apesar disso, o crime segue um mistério.

Moisés Costa da Silva tinha 44 anos, era casado e trabalhou como empresário e contador em Miracema. Ele se candidatou a um cargo público pela primeira vez em 2016, quando foi eleito prefeito da cidade com 84% dos votos válidos.