Vice-prefeito de Palmas, André Gomes – Divulgação

 Por André Gomes

Diante de uma doença desconhecida, bastante contagiosa e epidêmica, a recomendação médica mundial se tornou o distanciamento social. Sem remédio ou vacina, presidentes, governadores e prefeitos do mundo inteiro estão há um ano tendo que tomar medidas drásticas para conseguir garantir atendimento médico a todos.

No início, a situação era muito grave e preocupante. Nem médicos e especialistas sabiam o que fazer. Para piorar, cada pessoa reage diferente quando infectada pelo vírus. Há aquelas que não sentem nada, mas também as que são internadas em estado grave e as que vão a óbito mesmo com atendimento médico.

Outro temor era o sistema público de saúde entrar em colapso e não ter atendimento médico por falta de vaga para alguém que era infectado pelo vírus ou para qualquer pessoa que precisasse de atendimento médico por qualquer outro motivo. Ou seja, alguém poderia morrer porque não tinha vaga no hospital. Então o que podia se fazer, naquele momento, era um esforço para manter as pessoas em casa e o mais longe possível do vírus.

Infelizmente, não há nenhuma medida que pudesse evitar os milhares de infectados e mortos pela covid-19 pelo mundo no último ano. Mas, sem as restrições adotadas pelos líderes mundiais, a situação seria muito, mas muito pior.

Felizmente, com o passar do tempo, a capacidade e o atendimento do sistema de saúde evoluíram e foi possível retomar algumas atividades, mas algumas restrições ainda continuavam necessárias. Como as escolas que em nenhum lugar do mundo retomou a rotina normal.

Quando se pensava em retomar essas atividades e um 2021 diferente, surgiram as variantes mais contagiosas e a reinfecção pela covid-19. Ainda sem remédio contra a doença e sem vacina suficiente, os hospitais voltaram a encher. Com isso, governadores e presidentes tiveram que recuar e voltar a adotar medidas de isolamento para o sistema de saúde não colapsar. No Distrito Federal, por exemplo, foi adotado o lockdown.

Atualmente, essa situação se repete por várias partes do Brasil. Em Palmas, não é diferente. Os leitos de UTIs dos hospitais da capital estão com quase 100% da capacidade. Se a pandemia continuar avançando na cidade no ritmo atual, não será possível atender a todos, inclusive na rede particular. Ninguém quer que você, um amigo ou parente fique sem o atendimento médico adequado.

Por isso, foi preciso voltar a adotar medidas para garantir que isso não ocorra e não falte atendimento médico para ninguém. Claro que a economia também é uma preocupação na gestão da prefeita Cinthia. Mas antes de pensar na economia, é preciso pensar na saúde, na vida. Afinal, é possível recuperar a economia, mas não uma vida perdida por falta de atendimento médico. Não se trata de uma questão de gestão, mas de vida.

Palmas sempre foi uma cidade à frente do seu tempo e é preciso mostrar isso cuidando uns dos outros. A gestão da prefeita Cinthia toma essas decisões em conjunto e com base em informações. Não há quem fique feliz por tomar esse tipo de atitude, porque impacta na vida de milhares de pessoas, mas é necessário diante da gravidade da situação.

O momento é muito delicado e, por isso, se possível, é preciso ficar em casa e só sair dela com extrema necessidade. Além de seguir as únicas medidas possíveis para tentar não se contaminar com o vírus. Que é não aglomerar, manter o distanciamento social, o uso correto da máscara e a higienização das mãos com frequência.

Quanto mais essas medidas forem seguidas, a circulação do vírus diminuirá, os hospitais terão capacidade de atendimento para todos e iremos vacinar a todos o mais rápido possível. Só assim conseguiremos voltar à normalidade que tanto sentimos falta.

André Gomes é vice-prefeito de Palmas, pai, marido, cidadão e pioneiro na capital