Na manhã desta segunda-feira, 10, a Juventude Camponesa ocupou a Secretaria da Educação e Cultura (SEDUC), em Palmas, depois de uma reunião que aconteceu na Universidade Federal do Tocantins (UFT).
O ato foi para encerrar o 1° encontro estadual da juventude camponesa, onde foi reivindicada a educação no campo que precisa de mais atenção.
Um dos líderes do Movimento Sem Terra (MST), Nilson Ferreira, informou à Gazeta do Cerrado que a Juventude Camponesa exige imediatamente a construção de escolas no campo, nos assentamentos, na comunidade rural e quilombolas.
Ele informou que a ocupação contou com 300 jovens e que a pauta principal é para que as escolas sejam construídas respeitando o currículo e a pedagogia no campo.
Segundo ele, a pauta foi recebida e marcada uma reunião ampliada para esta quarta-feira,12. ” O indicativo é para quarta-feira, quando a secretária chegar, vamos ter uma a reunião com toda a juventude quilombola, do MST e indígena para a construção dessa demanda”, afirmou Nilson.
Nilson ainda ressaltou que ” esse tipo de diálogo e pressão nós fazemos há muito tempo, já fomos ouvidos várias vezes e vamos continuar na luta, ele ( o governo) aceitando ou não nossas pautas”, disse.
O representante ainda comentou: “Acreditar na estrutura do Governo do Estado que entra e sai de secretário e subsecretário nunca foi uma segurança no cumprimento das demandas do campo, então nós vamos seguindo e fazendo luta. A expectativa é que eles nos surpreendam no cumprimento desta demanda. A desconfiança é eterna”.
A luta do MST no Tocantins, segundo Nilson é de 29 anos, e no Brasil é de 34 anos. O movimento que integra; quilombolas, ribeirinhos, MST, indígenas e campo-cidade, denomina-se como união campo-cidade.
Texto: Hellen Maciel/ Gazeta do Cerrado