Foto – Reprodução

Lucas Eurilio e Pérola Venâncio

Nesta segunda-feira, 1 de agosto, o pré-candidato a co-deputado estadual pelo coletivo Somos Tocantins, Edu Alves, publicou em suas redes um vídeo no qual faz uma denúncia de descaso e capacitismo contra a empresa Viação Catedral.

De acordo com Edu, o caso aconteceu no dia 28 de julho quando ele seguia viagem de Palmas a Brasília com a empresa de transporte. “Quero denunciar o descaso, destrato que é a empresa viação catedral para com as pessoas com deficiência… Pra começo de conversa, o ônibus tem dois adesivos indicando quem nele tem acessibilidade, mas de acessível não tem nada. Não tem elevador, não tem poltrona adequada, não tem nada” disse Edu.

Além da falta de acessibilidade, Edu também destaca o descaso do motorista “Ele foi mal educado e capacitista, mandou eu me virar. Não tinha ninguém pra me ajudar a entrar. Na volta de Brasília não tinha espaço no bagageiro para a minha cadeira de rodas e o motorista chegou a cogitar não levar minha cadeira de rodas, sendo que tinha passageiro viajando com mais de 10 caixas” disse.

Edu conclui o vídeo dizendo que vai fazer uma denúncia na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e levará até o fim.

Veja o vídeo: 

https://twitter.com/somostocantins/status/1554219023470034945?s=21&t=sfPWqWK5aONWRQXRYqgRBQ

A Gazeta do Cerrado tenta contato com a empresa citada e ressalta que o espaço está aberto caso haja interesse da mesma em se posicionar sobre o assunto

O que é capacitismo?

O Capacitismo é a discriminação da pessoa com deficiência e que, em decorrência da mesma, é considerada uma pessoa incapaz. O capacitismo, assim, é uma manifestação de preconceito para com as pessoas com deficiência ao pressupor que existe um padrão corporal ideal e a fuga desses padrões torna as pessoas inaptas para as atividades na sociedade. Essa padronização é chamada corponormatividade

O Capacitismo nega a cidadania ao enfatizar a deficiência e não a pessoa humana.

A prática do Capacitismo atinge a pessoa com deficiência de diferentes maneiras, como o acesso ao meio físico e a criação de barreiras para que exerçam atividades independentemente; e também como barreiras socioemocionais quando essas pessoas são tratadas como incapazes, dependentes, sem vontade ou voz própria para exprimir suas vontades. Tratar uma pessoa deficiente de forma infantilizada, incapaz de compreender o mundo, um problema em um serviço público por exigir acessibilidade, assexualizada, inferior ou que deva ser medicada e afastada do convívio comum dos demais cidadãos são exemplos de Capacitismo.