O atleta brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid, tem chamado atenção não apenas pelo seu talento em campo, mas também pelas constantes reclamações e quedas durante as partidas, algo que lembra o estilo do “parça” Neymar, afastado dos gramados há meses devido a uma contusão no pé. Vamos aos fatos: Vinicius reclama muito, cai muito, e embora esteja em evidência ao ponto de ser cotado para vencer o prêmio de Melhor Jogador do Mundo, cuja eleição ocorre em outubro, ele precisa ser mais decisivo na seleção brasileira, assim como é no Real Madrid.
Claro, não dá para comparar o nível galáctico do Real com a mediocridade atual da seleção brasileira, que desperdiça talento e deixou de ser favorita em seus jogos. Vencer o patético time paraguaio por 4 a 1 é bem diferente de empatar com a Colômbia. Para comparação, no grupo do Brasil na Copa América, a Costa Rica empatou com o Brasil na estreia, depois perdeu para a Colômbia e venceu o Paraguai. A Colômbia venceu o Paraguai e a Costa Rica e empatou com o Brasil, ficando na primeira colocação do grupo.
O Brasil mostrou apenas lampejos de um futebol razoável no primeiro tempo contra o Paraguai. Empatou com a Costa Rica na estreia e, na última rodada da primeira fase, levou um “vareio de bola” da Colômbia, e só não perdeu porque faltou pontaria ao time colombiano, comandado por James Rodríguez, que não joga nada no São Paulo, mas brilha na seleção colombiana, invicta há 26 partidas.
Concordo com Romário quando diz que Vinicius Junior ainda não está pronto para decidir um torneio ou competição pelo Brasil. Romário afirma que, se estiver bem e a fim de jogar, somente Neymar tem essa capacidade no futebol brasileiro. Respeito a opinião dele, mas discordo em certos pontos. O ponto aqui é Vinicius Junior, que, embora tenha aberto uma luta justa contra o racismo que o persegue na Espanha, precisa ser mais prático e objetivo nas partidas.
Comparando os três jogos desta Copa América, ele jogou muito bem contra o Paraguai, mas vencer um time fraco é fácil. A Colômbia, por exemplo, deu até olé no time brasileiro, com um estádio lotado e totalmente favorável aos colombianos. Agora vem o Uruguai, sem Vinicius Junior, que levou um amarelo justo por uma entrada forte em James Rodríguez e ainda teve a capacidade de reclamar, algo que está se tornando um hábito na carreira dele.
Reclamar e lutar contra o racismo é justo, mas se achar o “foda” ao marcar dois gols contra o fraco Paraguai é outra história, bem distante, assim como a diferença entre o inferno e o paraíso. Vinicius Junior tem muito talento, mas ainda precisa amadurecer e se tornar mais consistente e decisivo, especialmente quando veste a camisa da seleção brasileira.